Encontro Virtual dos Empregados do Banpará constrói Campanha Nacional

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O último sábado (11) foi marcado pelo Encontro Virtual dos Empregados e Empregadas do Banco do Estado do Pará (Banpará). Foi uma tarde de debates sobre a conjuntura, Campanha Salarial, home office, e as lutas que deverão ser travadas nesse período atípico em tempos de pandemia.

A vice-presidenta do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira, destacou que muito se fala na defesa dos bancos púbicos, e agora, nesses tempos de pandemia, tem nos mostrado o quanto defendê-los é fundamental. “A Campanha 2020 tem grandes desafios, como o governo Bolsonaro e suas medidas provisórias que retiram direitos. Além disso, a crise sanitária e econômica gerada pela pandemia afetou a categoria, que trabalha em um serviço essencial. É no meio desta conjuntura que faremos as negociações deste ano e é fundamental a nossa união”.

O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton Santos, participou da abertura do encontro e destacou o quanto é necessário que as pessoas estejam atentas ao cenário atual. “Precisamos ter clareza quanto ao momento que estamos vivendo, e temos de nos organizar da forma que for, mesmo com a distância, porque a distância não nos limita. O que tem ocorrido na Região Norte, e em especial no estado do Pará nos mostra o quanto precisamos nos desenvolver mais ainda, e o Banpará cumpre o seu papel como agente do estado”.

O economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, apresentou um estudo sobre como os bancos se comportaram na pandemia, e especificou como o Banpará tem passado por esse processo. Em 2019, o Banco do Estado do Pará fechou o ano com 158 unidade de atendimento (agências e postos) distribuídos em 106 municípios paraenses, o que representa um total de 74% dos municípios paraenses.

Ainda sobre o estudo, antes da pandemia, houve ainda a reabertura da carteira de crédito imobiliário. No entanto, com a pandemia, levantam-se muitas questões: “Como será o reflexo desse cenário de queda na renda das famílias e das empresas na capacidade para pagar prestação de empréstimos?” Disso depende o que acontecerá com o resultado dos bancos ao final desse período. E com o alto grau de incertezas, os resultados serão alterados à medida que as pessoas perdem seus empregos, ou diminuem suas rendas. “Isso não necessariamente significa prejuízo, mas com certeza significa menos lucro que o ano anterior”, avalia o economista.

O Encontro também homenageou os colegas que perderam a vida por conta do novo coronavírus.

A funcionária do Banpará e diretora do Sindicato, Vera Paoloni, abordou os desafios desta Campanha, em tempos de pandemia. “Teremos uma Campanha na adversidade, Bolsonaro, mas vamos enfrentar, com a unidade e a resistência da categoria e dos colegas do Banpará. Além dos pontos aprovados, tem proposições encaminhadas por outros colegas, vamos juntar, fazer os ajustes necessários e assim que for entregue a pauta geral de reivindicações, o faremos aqui no Banpará. Nosso acordo tem excelentes cláusulas que estão ultrativas, isto é, com a validade mantida, mas precisamos atravessar esse mar caudaloso com uma grande frota que é a da unidade nacional, que é a renovação da convenção coletiva, o guarda-chuva das conquistas específicas que tivemos no Banpará. E que vamos manter!”

Em tempos de pandemia, o plano de saúde, melhores condições de trabalho inclusive em home office, e união da categoria, foram os temas mais apresentados nas falas dos participantes.

Foram aprovadas nove pautas essenciais no Encontro:

. Manter a unidade da categoria, em campanha de caráter nacional, com Acordo Coletivo de Trabalho de 2 anos de vigência;

. Desenvolver forte campanha em defesa dos bancos públicos, e no Pará, em especial na defesa do Banpará;

. Nota de reconhecimento aos empregados do Banpará que perderam a vida, e em defesa da saúde e da vida da categoria bancária;

. Manter a campanha em defesa da jornada de trabalho de 6 horas da categoria bancária;

. Na manutenção do trabalho em home office, que seja garantido o ressarcimento das despesas extras para o desempenho da atividade laboral;

. Defesa do trabalho em home office para as bancárias mães com filhos pequenos;

. Lutar por processos seletivos no Banpará;

. Lutar pelas gratificações aos caixas por níveis de agências;

. Defender o desmembramento da função acumulativa de Gesin/Tesouraria;

. Intensificar a luta pelo PCS.

 

Fonte: Bancários PA

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