25º CNFBB aprova pauta de demandas específicas

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Aprovada a minuta específica dos funcionários do BB para a Campanha Nacional 2012O 25º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou no último domingo 8, em São Paulo, ao final de três dias de discussões, a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários de 2014. Participaram do encontro, realizado no Hotel Holiday Inn, 306 delegados de todo o país, dos quais 216 homens e 90 mulheres.

O Pará esteve presente com uma delegação composta por 7 membros (4 homens e 3 mulheres) de várias regiões do Estado (Região Metropolitana de Belém, Santarém, Marabá, Altamira, Moju e Parauapebas).

Presidenta do Sindicato Rosalina Amorim durante a mesa de conjuntura do CNFBB“Apresentamos as propostas aprovadas no 6º Encontro Estadual dos Bancários e Bancárias do Banco do Brasil no Pará e a nossa delegação participou ativamente na elaboração da nossa minuta específica para a campanha nacional 2014, onde reforçamos a necessidade de abertura de novas agências, contratações de mais bancários e bancárias, mais investimentos em segurança, fim do assédio moral, dentre outros itens”, destacou o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Gilmar Santos.

“Além disso, reafirmamos a necessidade de a nossa categoria no BB, e em todos os bancos, de seguirmos na luta contra o PL 4330 das terceirizações, assim como nos engajarmos na construção do Plebiscito Constituinte pela Reforma Política nacional e na luta pela democratização da mídia, pois hoje essas bandeiras são imprescindíveis para o Brasil avançar democraticamente nas conquistas sociais”, ressaltou a presidenta do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Rosalina Amorim.

Os delegados do 25º CNFBB reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada dos trabalhadores dos bancos públicos e privados, bem como aprovaram o apoio à reeleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República, como forma de buscar ampliar as conquistas sociais e impedir a volta do projeto neoliberal.

Veja a seguir algumas das principais reivindicações aprovadas:

Remuneração e condições de trabalho

Os delegados aprovaram a intensificação da luta pelo PCR, por mais contratações e por melhores condições de trabalho, sem assédio moral.

O PCR deve valorizar o funcionalismo, estipulando como piso o salário mínimo do Dieese e o interstício na tabela de antiguidade de 6%, um valor maior das letras de mérito e com um tempo menor para adquirir os méritos (um ano e meio por letra).

Saúde e previdência

Esses dois temas trouxeram muito consenso entre as diversas forças do movimento, quase não havendo divergências quanto à prevenção e preservação da saúde dos trabalhadores.

Em relação à Cassi, os delegados aprovaram a defesa do princípio da solidariedade e da prioridade na prevenção e na qualidade de vida, em vez do modelo curativo.

Também aprovaram o fortalecimento do programa Estratégia de Saúde da Família e a Cassi para todos os funcionários, sem discriminação dos bancários oriundos dos bancos incorporados.

Sobre a Previ, o 25º Congresso reiterou a campanha pelo fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo, pela volta da consulta ao corpo social, pela eleição do diretor de Participações e pela redução da Parcela Previ, além de exigir que o banco acate a adesão dos funcionários oriundos dos bancos incorporados.

Organização do movimento

Os delegados presentes ao 25º Congresso reafirmaram a estratégia de campanha nacional unificada, com negociação de mesa única na Fenaban e mesas concomitantes para discutir as questões específicas do BB, além do modelo construído pela categoria de comissões de empregados que assessoram a Contraf-CUT nas negociações específicas com os bancos.

Também apoiaram o fortalecimento dos fóruns da categoria (sindicatos, federações, Contraf-CUT, Comissão de Empresa e Comando Nacional dos Bancários), a mobilização e a unidade nacional da categoria.

BB e sistema financeiro nacional

Com dados trazidos pelo Dieese e pelo Caref Rafael Matos, os delegados fizeram um amplo debate sobre a importância do fortalecimento do BB como banco público voltado para o financiamento da produção e do desenvolvimento econômico e social do país.

Defenderam ainda a internacionalização do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do Sistema Financeiro Nacional.

Delegados aprovam apoio à reeleição de Dilma

O 25º Congresso também aprovou resolução de apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef, por avaliar que ela representa a melhor opção para os trabalhadores dentre os dois projetos que estarão em disputa na eleição de outubro.

O outro projeto representa o retorno ao governo das forças conservadoras e neoliberais, as mesmas que na década de 1990 privatizaram empresas públicas, retiraram direitos, congelaram salários e fizeram demissões em massa no BB e na Caixa, enfraquecendo seu papel de bancos públicos voltados para o fomento do desenvolvimento econômico e social.

Além de dar o apoio, os bancários vão cobrar da presidenta Dilma Roussef que mude a gestão do Banco do Brasil, hoje mais voltado para o mercado tal qual o Itaú e o Bradesco, distante do seu papel de banco público, e fortaleça o seu papel de banco público. Também vão exigir da presidenta que o BB melhore as condições de trabalho e respeite mais seus trabalhadores.

Liberdade sindical aos bancários nos EUA

O 25º Congresso aprovou ainda uma moção para que o BB assine acordo de neutralidade que permita a seus funcionários nos Estados Unidos o início de processo de organização sindical e de sindicalização.

Os bancários norte-americanos não possuem sindicato e a Contraf-CUT está trabalhando em parceria com a central sindical CWA, do setor de serviços e telecomunicações, para que os funcionários do BB criem a sua entidade sindical naquele país.

Fonte: Bancários PA, Rede de Comunicação dos Bancários e Contraf-CUT

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