Sindicato marcou a data com manifestação em Belém, para recusar reajuste zero e exigir proposta decente dos bancos
No dia 28 de agosto de 1951, os bancários e bancárias decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.
Neste dia 28 de agosto de 2020, a categoria bancária está em assembleia permanente, as pautas de antigamente assemelham-se e muito com as de hoje, mas o hoje é um cenário totalmente diferente, o país vive uma pandemia, onde uma das principais recomendações da Organização Mundial de Saúde, para controlar a taxa de contaminação pelo novo coronavírus é o distanciamento social.
“No começo de tudo, algumas mudanças foram do dia para noite, e com o passar dos meses fomos nos encaixando, sem poder parar, a essa nova realidade. Definir nossas estratégias de luta, ocupando a internet, foi uma dessas novidades e assim construímos e seguimos a nossa Campanha Nacional”, destaca o presidente do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.
Com a flexibilização do isolamento, quase todas as atividades não essenciais puderam ser retomadas, seguindo as medidas de prevenção e distanciamento social, aglomerações seguem proibidas.
“Retomamos os atos de rua, com pouco tempo de duração e poucos dirigentes presentes, e hoje em plena Campanha Nacional, próximo a nossa data base, dia da categoria, em estado de assembleia permanente, precisávamos estar nas ruas, em protesto contra a intransigência dos banqueiros e principalmente para parabenizar e homenagear nossos colegas que estiveram desde sempre na linha de frente nessa pandemia, se arriscando, adoecendo, se recuperando e voltando para atender à população, um salve em especial aos bancários e bancárias da Caixa”, destaca a vice-presidenta e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Em Marabá, teve Caravana Bancária
Em Marabá, no sudeste paraense, a diretora administrativa e bancária do Banco da Amazônia, Suzana Gaia; a diretora de saúde e bancária do Bradesco, Heládia Carvalho, o diretor e bancária do BB, José Marcos Araújo (Marcão) e o diretor da Fetec-CUT/CN e bancário do Santander, Márcio Saldanha, visitaram todos os bancários e bancárias de unidades pública e privadas, desde a última quarta-feira (26).
Banco da Amazônia Nova Marabá
Santander Nova Marabá
“Hoje, nosso dia, foi junto aos colegas no local de trabalho, depois da nossa última visita, retornamos para a capital com o sentimento de gratidão em poder compartilhar esses momentos estando perto da base, apesar das distâncias no nosso estado de dimensões quilométricas. Ouvir a realidade e necessidade deles, repassar informações sobre nossas atuações, sem esquecer todos os cuidados com a saúde nessa pandemia, já faz parte do nosso protocolo. Uma coisa é certa, não aceitamos retirada de direitos, queremos reajuste, respeito e valorização”, destaca Suzana Gaia.
Fundação da CUT
O dia 28 de agosto também deve ser comemorado como dia de luta por ser o dia de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Ainda durante a ditadura militar.
Fonte: Bancários PA
