Bancários do Banpará em Moju estão de licença médica após assalto

0

As marcas de tiros pelas paredes não são as únicas lembranças que ficaram dos momentos de tensão que bancários, clientes e usuários do Banpará, em Moju, nordeste do Pará, viveram na semana passada. Algumas das vítimas não conseguem dormir até hoje. “É difícil, passo maior parte da noite acordado e protejo minha família”, desabafa uma delas que prefere não ser identificada.

Esse foi o primeiro assalto que  ele presenciou em toda a vida. Já morou em outras cidades antes de chegar a Moju e quando questionado se pensa em mudar para outro município mais uma vez. “Essa é uma decisão que tenho que tomar com a minha esposa”, explica.

O trauma também atingiu toda a família que mudou completamente a rotina após o assalto. “Todos estão muito abalados, não sou só eu”.

A conversa breve revela o quanto a categoria bancária sofre com a insegurança e como fica depois de um assalto. “Infelizmente tem muitos colegas que levam o trauma por muito tempo e aos poucos vão tentando retomar a vida de antes, mas essa é um processo lento e demorado”, afirma o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.

Os 5 funcionários que estavam na agência no momento do assalto estão de licença médica para tratamento e o que mais for necessário para curar ou pelo menos aliviar o trauma que ficou.

Ontem (8), o Sindicato foi até Moju para visitar os bancários e bancárias assaltados e no percurso também pararam no Banco do Brasil, Caixa e Bradesco para conversar com os trabalhadores e entregar agendas, calendários e outros informativos para a categoria. Apesar de essas unidades estarem abertas para atendimento ao público, o medo ainda assola os bancários e outros moradores na cidade, que assim como o restante da população no Pará, já não se sente segura até mesmo dentro de casa.

“O Governo do Estado precisa enxergar que a violência generalizou e a população pede paz. Matar criminoso não é a solução, precisa-se mesmo é prevenir, investir em educação, gerar emprego, garantir saúde e saneamento. A categoria continua aguardando pela retomada do GT de Segurança Bancárias, para nós enquanto dirigentes sindicais, reuniões e conversas permanentes seriam uma das formas de prevenção a crimes contra bancos”, destaca a dirigente sindical e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.

 

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.