Bancários e bancárias do BB e Caixa do Pará reúnem-se para construir minuta de reivindicações 2016

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A manhã do último sábado (4) foi de muito debate para a construção da minuta de reivindicações dos bancários e bancárias do BB e da Caixa do Pará, na sede do Sindicato em Belém.

O 8º Encontro Estadual reuniu trabalhadores e trabalhadoras de todas as regiões do estado e Região Metropolitana de Belém que não só representaram os colegas de trabalho, mas também relataram as principais demandas do funcionalismo.

“Nosso desafio será ainda maior esse ano em busca de conquistas e avanços para a categoria diante de tantas ameaças de retrocessos como a reforma na previdência, abertura de capital da Caixa, privatizações. Nós que viemos aqui hoje temos que ter essa consciência e discernimento para mobilizar nossos colegas de trabalho para lutar desde agora, pois até o presente momento, segundo o Dieese, nenhuma categoria de trabalhadores conseguiu aumento acima da inflação, com exceção do judiciário que teve reajuste de mais de 40%, que não contempla a maioria absoluta dos servidores, mesmo com déficit de 170 bilhões nas contas públicas”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.

A palavra mobilização foi uma das mais ditas ao longo das intervenções feitas nos encontros. “Onde o Sindicato não puder chegar por conta de outras demandas, principalmente as de Campanha Nacional da categoria, surge a necessidade e a importância de vocês fazerem isso na base. Nosso maior desafio é descontruir o discurso de que depois da greve tem que compensar os dias parados, e construir a ideia, através da mobilização, de que sem luta não conseguiremos nada. É melhor ter conquistas ou não pagar dias parados?”, ressalta o dirigente sindical e funcionário da Caixa, Heider Alberto.

DSC_0189Análise de conjuntura – Outro momento de destaque nos encontros foi a análise de conjuntura que esclareceu, mais ainda, aos participantes da importância sobre mobilização.

Se antes de o golpe acontecer muitos reclamavam que a economia estava ruim, hoje com o governo interino, todos têm essa certeza.

“Além da situação não estar nada favorável à classe trabalhadora, as alternativas apresentadas são conservadoras e beneficiam exclusivamente a classe que planejou o golpe contra a presidenta Dilma, principalmente empresários, banqueiros, a classe patronal e o capital internacional, que aos poucos vão tentando retirar conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras; mas infelizmente a abordagem dada pela grande mídia maquia a realidade e é veiculada da forma que eles acham interessante noticiar. E assim deve ser na cobertura da Campanha Nacional da categoria bancária”, analisa o professor doutor em economia da UFPA, Cláudio Puty.

Banco do Brasil – Um ponto da minuta que ainda gera dúvida entre as bancárias do BB é sobre o intervalo de 15 minutos dentro da jornada feminina, o que tem gerado vários constrangimentos para as mulheres na base do Pará, considerando que o banco tem adotado tratamento diferenciado do resto do Brasil, por força de uma liminar para cumprimento do intervalo de 15 minutos antes da jornada extraordinária. O Objetivo do Sindicato é que este direito seja garantido e remunerado, por isso lançou uma consulta para as trabalhadoras do Banco do Brasil e marcou uma nova assembleia para tratar do assunto no próximo dia 14, às 19h, na sede da entidade sindical. Clique AQUI e acesse as perguntas.

DSC_0240“Além desse tema deliberamos também sobre remuneração, saúde, segurança e condições de trabalho, principalmente sobre a realização de cursos obrigatórios oferecidos pelo banco. Como a participação de todos os bancários e bancárias presentes foi intensa acreditamos que a minuta traz um pouco de todas as demandas do funcionalismo do Pará”, afirma o dirigente sindical e funcionário do BB, Gilmar Santos.

Para o delegado sindical e funcionário do BB em Marabá, Wellington Bonfim, além da mobilização é preciso também organização. “Quanto mais a gente se organizar, mas a gente vai conquistar. Não podemos baixar a cabeça; e assim como todos os anos temos que ter novas conquistas em 2016”, avalia.

DSC_0252Caixa – Na Caixa, os pedidos do funcionalismo foram pelo fim da cobrança de metas abusivas que não condizem com a realidade social e econômica do município; pela valorização dos empregados que trabalham com FGTS; por mais contratações, entre outras reivindicações.

“Além da luta que teremos pela frente que todos têm consciência de que não será nada fácil, é preciso que tenhamos um olhar técnico também para a realidade e as ameaças que estamos enfrentando. Hoje mais do que nunca a abertura de capital da Caixa, a terceirização são possíveis de acontecer. A ideia dos bancos com a não contratação de concursados é de ocupar as vagas em aberto com terceirizados caso o projeto seja aprovado, por isso temos que organizar ainda mais o enfrentamento e a resistência contra tantos projetos que nos ameaçam enquanto trabalhadores e trabalhadoras”, alerta a dirigente sindical de Mulheres da CUT-PA, de Comunicação do Sindicato e também empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.

Ao final dos debates foram eleitas as delegações que irão representar o Pará nos encontros nacionais:

Banco do Brasil

Titulares
DSC_0313João Taiguara (Marabá)
Wandemberg de Oliveira (Santarém)
Rosalina Amorim (Belém)
Tânia Barbosa (Belém)
Gilmar Santos (Belém)
Wellington Antonio Bonfim (Marabá)

Suplentes
Diego de Azevedo (Moju)
Sebastião de Almeida (Belém)

Caixa

DSC_0285Titulares
Maria Darci Oliveira (Aposentada)
Tatiana Oliveira (Belém)
Heider Alberto (Belém)
Diones Pereira Lima (Parauapebas)
Jacilene Pereira (Santarém)
Paulo Maurício Silva (Região Metropolitana)

Suplentes
Joacy Belém (Santarém)
Antonio Cruz Silva (Santarém)
Edelson Viana (Marabá)
Kellem Patrícia Moraes (Ipixuna do Pará)
Rafael Mesquita (Belém)

 

Fonte: Bancários PA

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