Banpará cede à pressão e negocia na quarta (19)

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Rosalina Amorim diz que o Sindicato espera que o Banpará apresente uma proposta que atenda às reivindicações da categoria na rodada do dia 19 de setembroDepois de 14 dias de uma forte greve do funcionalismo do Banpará em todo o Estado, o banco cedeu à pressão da categoria e respondeu positivamente ao ofício enviado pelo Sindicato dos Bancários na última sexta-feira (14) solicitando a retomada da mesa de negociação específica e apresentação de nova contraproposta à minuta dos trabalhadores. A rodada de negociação está agendada para a próxima quarta-feira, 19 de setembro, às 16 horas, na matriz do banco.

Clique aqui para ler o ofício do Banpará confirmando a reunião

“A retomada das negociações com o Banpará é resultado da força da mobilização dos trabalhadores na greve e da pressão que o Sindicato e demais entidades representativas do funcionalismo vem fazendo junto ao banco e ao Governo do Estado, ou através da imprensa, para que o banco apresente uma proposta que atenda às reais necessidades dos bancários e bancárias do Banpará, e esperamos que isso ocorra já nessa rodada do dia 19”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.

Manter a GREVE firme e forte

O Sindicato orienta a cada bancário e bancária do Banpará a não cederem ao assédio do banco e seguirem construindo a greve em todo o Estado. Vamos seguir juntos, organizando a greve cada vez mais forte, pois somente assim o banco apresentará uma proposta decente na próxima rodada de negociação.

Resumo da campanha no Banpará

Orientação do Sindicato é para o funcionalismo do Banpará não ceder ao assédio do banco e manter a greve firme e forteA minuta específica dos trabalhadores do Banpará foi entregue à direção do banco no dia 6 de agosto. Muitas mobilizações foram organizadas pelo Sindicato para que o banco iniciasse o processo de negociação: atos públicos em frente à matriz, reunião com deputados na Assembleia Legislativa, audiência no TRT, carta aberta ao governador, diversos ofícios e uma carta aberta ao presidente do banco, reunião na SEPOF.

Porém, a primeira negociação ocorreu somente no dia 5 de setembro, quase um mês após a entrega da minuta e já com a greve deflagrada. Outra rodada de negociação ocorreu no dia 11 de setembro. Em ambas o Banpará manteve a postura de somente negociar as cláusulas sociais, já que para as questões econômicas o banco se limitaria a seguir a mesa da Fenaban. O Ajuste Preliminar, documento que garante a validade do atual acordo coletivo até a assinatura do novo ACT, somente foi assinado na segunda mesa de negociação com o Banpará, em 11 de setembro.

Após a deflagração da greve o Banpará vem usando de vários subterfúgios para enfraquecer a luta dos trabalhadores: já tentou liminar de interdito proibitório na justiça, mas perdeu para o Sindicato; conseguiu um mandato de segurança na justiça e vem utilizando esse instrumento para assediar os funcionários a furarem a greve, mas sem sucesso; o próprio presidente do banco agrediu a dirigente sindical e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves, durante manifestação na matriz da instituição no primeiro dia da greve, 4 de setembro.

Porém, a categoria no Banpará tem se mantido firme e forte na greve, e não se intimida com a pressão do banco por entender que somente com a luta dos trabalhadores é que será possível arrancar um acordo coletivo que esteja a altura das necessidades do funcionalismo.

Fonte: Bancários PA

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