BB apresenta lucro recorde de R$ 12 bilhões em 2011

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Lucro do BB em 2011 cresceu 36 em relação a 2010O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, dia 14, lucro líquido recorde de R$ 12,1 bilhões em 2011, crescimento de 3,6% em relação a 2010. O desempenho corresponde a retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 22,4%. O resultado recorrente alcançou R$ 11,8 bilhões, evolução de 10,2% sobre o ano anterior.

O lucro líquido do quarto trimestre caiu 25,7%, para R$ 2,972 bilhões, na comparação com o de R$ 4,002 bilhões do mesmo intervalo de 2010. Em relação ao terceiro trimestre de 2011, em que o banco registrou lucro líquido de R$ 2,891 bilhões, houve alta de 2,8%.

A presidenta do Sindicato doa Bancários do Pará e funcionária do BB, Rosalina Amorim, observa que o resultado comprova mais uma vez que o banco está preocupado com o lucro e não em oferecer melhores condições de trabalho aos seus funcionários. “Como um banco federal, o Banco do Brasil deveria focar no fomento da economia e no desenvolvimento do país, mas na prática o BB funciona sob o paradigma de uma empresa que visa o lucro em primeiro lugar, impondo assédio moral aos seus funcionários e negando condições dignas de trabalho aos seus funcionários”, destaca a presidenta.

O diretor de comunicação do Sindicato e também funcionário do Banco do Brasil, Fábio Gian, ressalta que as pressões diárias as quais os funcionários são submetidos para cumprir metas abusivas resultam em adoecimento no trabalho. “São inúmeros os casos que atendemos no Sindicato de colegas funcionários do BB que sofrem com doenças físicas e psicológicas adquiridas no trabalho cotidiano dentro das agências do banco. As metas abusivas dentro do Banco do Brasil são uma realidade perversa, que prejudica a vida dos trabalhadores em prol do lucro do BB”, afirma o diretor.

Já na área de segurança, o diretor do Sindicato e funcionário do BB Gilmar Santos, destaca a cobrança da categoria em mais investimento do banco em proteção das unidades, tendo em vista o aumento dos índices de criminalidade. “Há uma inoperância do banco neste sentido, postura que pode acarretar em graves acidentes e até mesmo na morte de pessoas inocentes. O Banco do Brasil é a instituição mais visada pelas quadrilhas especializadas em roubo a banco aqui no Pará e lidera as estatísticas de ocorrências. Por isso fazemos a cobrança permanente por mais segurança nas agências do BB, porque estamos preocupados com a vida dos funcionários e dos clientes e usuários das agências”, comenta.

O Banco do Brasil registrou lucro recorrente de R$ 3,025 bilhões no quarto trimestre de 2011, o que representa uma queda de 18,3% ante os R$ 3,704 bilhões anotados no mesmo intervalo de 2010. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2011 o dado apresenta um crescimento de 17,6% sobre os R$ 2,573 bilhões daquele período, conforme relatório financeiro da instituição, divulgado há pouco.

Crédito

A carteira de crédito em conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, somou R$ 465,1 bilhões em 2011, evolução de 19,8% em 12 meses. Segundo o banco, a expansão da carteira de crédito aconteceu principalmente por conta do crescimento das concessões para financiamento ao consumo, micro e pequenas empresas, agronegócio e o crédito no exterior.

O financiamento imobiliário foi o destaque de crescimento nas operações de crédito do Banco do Brasil no quarto trimestre e no ano de 2011. Na pessoa física, a carteira encerrou dezembro com saldo de R$ 6 bilhões, expansão de 104% em 12 meses.

Somente no quarto trimestre, o banco desembolsou R$ 1 bilhão em novos financiamentos habitacionais para a pessoa física, expansão de 96,5% em 12 meses. A carteira total de crédito de pessoas físicas encerrou dezembro em R$ 130,6 bilhões, expansão de 15,5% ante o mesmo mês de 2010 e de 3,8% ante setembro do ano passado.

Já a carteira de pessoa jurídica cresceu mais, com expansão de 19% no ano e de 5,6% no trimestre. De acordo com o BB, o segmento foi impulsionado pelos empréstimos a médias e grandes empresas, com destaques para as linhas tradicionais, como capital de giro, e via emissão de papéis privados, como debêntures. Também se destacou o segmento de micro e pequenas empresas, com expansão de 19,5% em relação ao observado em dezembro de 2010 e 9,2% frente a setembro último.

Já a carteira de crédito do agronegócio encerrou o trimestre com saldo de R$ 89,4 bilhões, o que corresponde a crescimento de 6,7% ante o terceiro trimestre de 2011 e de 18% em doze meses.

Os ativos totais do BB fecharam dezembro em R$ 981,2 bilhões, aumento de 21,0% em relação a dezembro de 2010 e de 3,3% sobre o final do trimestre anterior.

O patrimônio líquido cresceu 15,8% e ficou em R$ 58,416 bilhões. O índice de Basileia em dezembro era de 14,0% ante 14,1% em igual mês de 2010.

Fonte: Bancários PA, com informações da Agência Estado.

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