CN2024: Cláusulas sociais e sindicais na pauta da quarta mesa de negociação com o Banco da Amazônia

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19 artigos foram debatidos na quarta mesa de negociação específica com o Banco da Amazônia (Basa), na tarde desta terça-feira (23), na matriz do banco em Belém, que começou com o ARTIGO 58. PARTICIPAÇÃO DE EMPREGADOS NO COMITÊ DE RECURSOS HUMANOS E RELAÇÕES SINDICAIS (COMIR e CICOR). O Basa foi contrário à proposta das entidades sindicais de tanto o COMIR quanto o CICOR serem constituídos paritariamente entre os representantes do banco e de empregados e ter um caráter mais preventivo do que punitivo, assegurando-se aos empregados amplo direito de defesa.

Sobre a demanda, o Banco da Amazônia ficou ainda de verificar a participação dos dois empregados (em todos os processos), sendo estes os dois primeiros colocados no processo eleitoral.

ARTIGO 59. COMITÊ DE PLANEJAMENTO. O Basa não acatou o pedido e alegou que já existe norma interna sobre o assunto, e para as pautas que já constam em normativo, elas não serão clausuladas, mas que vai analisar as unidades que não têm representantes dos empregados no Comitê de Planejamento das Unidades.

“Os Comitês precisam ter representantes dos empregados, e se não têm, o banco precisa ver alguma forma em que a defesa do trabalhador e da trabalhadora seja garantida”, defende o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Basa, Cristiano Moreno, que é também diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e empregado do banco.

ARTIGO 60. NEGOCIAÇÃO PERMANENTE. Banco vai renovar redação do atual acordo.

ARTIGO 65. MELHORIA DA INFRAESTRUTURA NAS UNIDADES. A empresa negou o pedido.

ARTIGO 68. REUNIÕES COM ENTIDADES SINDICAIS. Basa disse que vai manter a redação do Acordo vigente.

ARTIGO 71. REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NA DIRETORIA. A Comissão de Negociação informou que não tem como clausular, uma vez que há impedimento pela SEST.

ARTIGO 72. RETENÇÃO DA POUPANÇA REGIONAL e ARTIGO 73. EM DEFESA DO BANCO. Basa não atendeu às demandas.

ARTIGO 77. DIVULGAÇÃO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. A Comissão de Negociação do Banco da Amazônia informou que já faz a devida comunicação.

ARTIGO 81. EXTENSÃO DO PROGRAMA “VER-O-PESO”. O banco disse que oferece vagas suficientes para o Programa e que vai melhorar a divulgação para atrair mais empregados e empregadas. Além disso, o Basa não aceitou retorno da ginástica laboral presencial.

ARTIGO 83. DA REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DO BANCO. Basa informou que a medida é de responsabilidade exclusiva da empresa.

ARTIGO 85. NEGOCIAÇÃO EXCLUSIVA COM AS ENTIDADES SINDICAIS. Banco comunicou que não vai clausular.

ARTIGO 86. EFEITO DAS NORMAS COLETIVAS. O Banco da Amazônia foi contra a proposta.

ARTIGO 88. DAS MODALIDADES DE CONTRATAÇÃO. Banco também não acatou.

ARTIGO 89. ACESSO DOS REPRESENTANTES SINDICAIS. Basa vai adotar a redação do Acordo vigente.

ARTIGO 90. DO SETOR ASSISTENCIAL. O banco não vai clausular e segue mantendo a atual estrutura com profissionais da enfermagem e medicina do trabalho.

ARTIGO 95. DA LIBERDADE SINDICAL. A Comissão de Negociação do banco não atendeu ao pedido das entidades.

ARTIGO 100. DO MEIO AMBIENTE E TRANSIÇÃO JUSTA. O Banco da Amazônia não aceitou a redação da proposta, mas irá apresentar uma contraproposta de texto, e também haverá previsão de mesa imediata em caso de emergência climática/ambiental.

“A redação deste artigo foi construída com muita atenção e preocupação ao cenário climático atual no Brasil e no mundo, bem como suas consequências, e por isso entendemos a necessidade de o assunto constar no Acordo Coletivo, como forma de ratificar e garantir o compromisso do banco com o meio ambiente e as populações que dele vivem”, destaca a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

“Estamos avançando nas pautas, mas infelizmente o Basa vem negando a grande maioria das nossas reivindicações, construídas por colegas que representaram todo o funcionalismo dos estados onde o banco está presente. As demandas são com base na realidade e necessidade diária nas agências”, comenta a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Além dela, do Cristiano Moreno e Rosalina Amorim, o funcionalismo do Basa foi representado pelos dirigentes, Ronaldo Fernandes e Rubens Tabajara, além dos assessores jurídicos, Luciano Danim e Estevão Fragallo.

Pelo Banco da Amazônia estiveram na mesa o coordenador da Comissão de Negociação Francisco Moura; a gerente executiva da GEPES, Bruna Paraense; e a coordenadora da Coordenadoria de Apoio à Gestão da GEPES, Daniela Vasconcelos.

As próximas mesas de negociação serão no dia 31 de julho e 8 de agosto.

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Fonte: Bancários PA

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