Contraf-CUT debate mobilização contra demissões no Santander nesta quinta

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A Contraf-CUT realiza nesta quinta-feira (8) uma reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander para avaliar o processo de demissões e fechamento de agências no banco espanhol e discutir propostas de mobilização. O encontro começa às 9h30, na sede da Confederação, no centro de São Paulo.

O Dieese fará uma apresentação com a análise do balanço do primeiro trimestre de 2014, que mostra lucro de R$ 1,428 bilhão.

À tarde, às 14h, haverá uma reunião com a diretora de Recursos Humanos do Santander, Vanessa Lobato, no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Corte de 970 empregos no primeiro trimestre – O Santander Brasil eliminou 970 postos de trabalho nos três primeiros meses do ano. Desta forma, o banco fechou 4.833 vagas nos últimos 12 meses. O número de empregados da holding do Santander caiu de 53.484 em março de 2013 para 48.651 em 31 de março de 2014 (queda de 9,0%).

Como se não bastasse, o banco ainda fechou 58 agências no primeiro trimestre, ampliando o número de unidades extintas desde o ano passado. A instituição encerrou 150 agências nos últimos 12 meses.

Milhões para altos executivos – Enquanto corta empregos, a remuneração global dos 46 integrantes da diretoria executiva do Santander Brasil será aumentada em até 48,3% em 2014. Com isso, segundo cálculos do Dieese, cada um deles ganhará média de R$ 5,7 milhões, considerando salários, bônus e participação nos resultados, conforme foi aprovado em assembleia dos acionistas do banco espanhol, realizada no dia 30 de abril. Quatro acionistas minoritários votaram contra.

Mobilização – “Nada justifica essa sangria de empregos no banco, enquanto os altos executivos continuam ganhando salários e bônus milionários”, critica o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

“Vamos debater propostas de mobilização para combater essa política nociva de demissões e fechamento de agências, que provoca desemprego, sobrecarga de serviços, assédio moral e insegurança no trabalho, e arrebenta com a saúde e o emprego dos bancários, além de prejudicar o atendimento dos clientes e da população”, destaca.

“Queremos retomar as negociações com o Santander para que parem as dispensas e a extinção de agências e possamos discutir mudança da gestão do banco, com mais empregos, fim da rotatividade e melhores condições de trabalho”, conclui Ademir.

Fonte: Contraf-CUT

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