Famílias do acampamento Helenira Rezende resistem a ação de despejo

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Nesta segunda-feira (27), por volta das 7h, o Comando de Missões Especiais (CME) chegou ao acampamento Helenira Rezende, no sudeste do Pará, para cumprir a medida liminar de reintegração de posse na Fazenda Cedro/Fortaleza.

Grande parte das famílias já se organizam pra sair da área denominada fazenda Cedro. No entanto, a área que supostamente é a fazenda Fortaleza, ainda depende do resultado do georreferenciamento do Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (Incra), que iniciará hoje. Para além dos técnicos do Incra, o trabalho será acompanhado por um perito do Instituto de Perícias Renato Chaves e dois professores da Unifesspa.

O CME já está nos lotes executando os despejos. Quinze caminhões e uma retro-escavadeira enviadas pela Agropecuária Santa Bárbara também estão no local.

Todos aguardam o resultado da perícia da área.

Série de despejos – Além do acampamento Helenira Rezende, outros dois territórios com famílias do MST no sul e no sudeste do Pará estão sob ameaça de despejo até o fim do ano.

Os três acampamentos estão na lista de vinte áreas ameaçadas de despejo nessas regiões paraenses. Segundo estimativas, um total de duas mil famílias moram nos terrenos que são alvo de determinação judicial para reintegração de posse.

O acampamento Helenira Rezende é marcado pela produção agrícola e ecológica. As famílias produzem cerca de 1,5 mil litros de leite por dia, além de possuir uma plantação de 10 mil pés de bananas e mais de 40 hectares de mandioca. As produções garantem a alimentação das famílias e também são comercializadas.

 

Fonte: MST

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