Manifestação em favor da democracia e mais saúde no Pará leva centenas de pessoas às ruas

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‘Não vai ter golpe’! Com esse grito uníssono, entidades sindicais e movimentos sociais caminharam pelas ruas de Belém, na manhã desta quinta-feira (20), em defesa da democracia, da classe trabalhadora e pela reforma urgente do maior Pronto Socorro Municipal (PSM) do Pará que pegou fogo em junho desse ano provocando a morte de três pacientes e segue de portas fechadas para novos atendimentos, sobrecarregando o PSM do Guamá que está superlotado e sucateado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública no Estado do Pará (Sindsaúde), “o incêndio no PSM da 14 foi uma tragédia anunciada, fruto da política de abandono e sucateamento dos serviços públicos implantada pelo governador do Pará, Simão Jatene, e pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que ignorou os apelos dos movimentos sociais, do poder legislativo, do Ministério Público, dos servidores do Pronto Socorro e até mesmo do Corpo de Bombeiros que teria alertado o prefeito sobre os graves problemas encontrados nas instalações física e elétrica da unidade de saúde”.

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O ato partiu do PSM da 14 de março que foi abraçado, de forma simbólica, pelos manifestantes que vieram de vários municípios do Estado deixar o seu recado para a direita intolerante e seletiva.

“Somos contra o retrocesso, os ataques aos nossos direitos, à intolerância e o golpe. Não é com impeachment que os problemas no país serão resolvidos, mas sim com luta e respeito à democracia que vamos reverter esse quadro. Queremos ressaltar que a categoria bancária está em plena editada4Campanha Nacional e não vamos permitir que a terceirização seja implantada. Exploração não tem perdão. Queremos respeito e valorização”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.

“Bem diferente dos discursos de ódio que tomaram conta do país no último domingo, estamos aqui em favor da democracia e contra a política econômica de ajuste fiscal, porque não seremos nós trabalhadores e trabalhadoras que iremos pagar pela crise. O pagamento dessa conta tem que sair do bolso dos ricos”, afirma o presidente da CUT-PA, Martinho Souza.

Quem também ‘compareceu’ à manifestação na capital paraense foi o presidente da Câmara. Eduardo Cunha, na verdade, esteve representado por um boneco vestido de presidiário com o ‘171’ estampado no peito, em alusão à denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob a acusação de ter recebido, entre junho de 2006 e outubro de 2012, pelo menos US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda para a Petrobras.

Além do Pará, a manifestação ocorreu em 24 estados e no Distrito Federal.

Agenda Brasil – Um manifesto divulgado pelos movimentos sindical e social defende uma nova agenda para o Brasil com uma plataforma de reformas urbana, tributária, educacional, a democratização dos meios de comunicação e a reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.

Não confundir, porém, com a Agenda Brasil, apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no dia 10 de agosto.

Entre as propostas da agenda de Calheiros estão a “regulamentação do ambiente institucional dos trabalhadores terceirizados para melhorar a segurança jurídica em face do passivo trabalhista potencial”, revisar a legislação de licenciamento em zonas costeiras, simplificar procedimentos de licenciamento ambiental e revisar marcos jurídicos que regulam áreas indígenas. Constam ainda a ampliação da idade mínima para a aposentadoria, mediante estudos e “aperfeiçoar o marco jurídico e o modelo de financiamento da saúde”.

Acesse AQUI galeria de fotos da manifestação

 

Fonte: Bancários PA, com CUT Nacional

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