Massacre de Israel em Gaza completa quatro meses com 28 mil palestinos mortos

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Israel persiste em sua campanha de aniquilação dos palestinos na Faixa de Gaza. Ontem (7) o massacre completa quatro meses. Com a justificativa de desmobilizar o grupo político armado Hamas, o governo sionista de Benjamin Netanyahu vem promovendo ataques que, inclusive, priorizam hospitais, escolas e centros humanitários. Desde o início da campanha, 27.708 palestinos morreram. A estimativa é de que mais de 60% deles sejam mulheres e crianças.

Os feridos são 67.147, de acordo com autoridades locais. Já os deslocados passam da casa do milhão. Inicialmente, Israel ordenou que quase 2 milhões de civis deixassem o Norte de Gaza. Contudo, os bombardeios não ficaram restritos à região. Agora, sem ter para aonde fugir, os palestinos observam ataques massivos em todo território, particularmente no Sul, na região das cidades de Khan Younis e Rafah, na fronteira com o Egito.

Qatar e Egito tentam costurar novos acordos para um cessar-fogo. A comunidade internacional também pressiona, mas sem efetividade. Não existe trégua no horizonte. Vozes do governo israelense deixam clara a intenção de expulsar todos palestinos e tomar a região para Israel. Seria o final do processo conhecido pelos árabes como Nakba. Desde 1948, na fundação do Estado de Israel, o sionismo promove ataques sistemáticos e ocupações ilegais em territórios palestinos. Gaza, até então, era o único território autônomo palestino.

Até a destruição total

De acordo com a emissora Al Jazeera, a Autoridade Palestina, por meio de intermediações com países da Liga Árabe, fez uma proposta de cessar-fogo e troca de reféns. Contudo, Israel negou. “Não temos outra opção senão uma vitória decisiva, para impedir que o Hamas perpetre quaisquer outros massacres. Eu disse ao secretário de Estado dos EUA: ‘Sr. Antony Blinken, estamos muito perto da vitória”, disse hoje, Netanyahu.

Embora a comunidade internacional repudie as ações de Israel, elas encontram apoio irrestrito junto ao governo norte-americano. Membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos vêm freando qualquer iniciativa de paz na região, em benefício dos ataques israelenses.

Resgates em Gaza

Enquanto isso, restam ao Brasil auxiliar na pressão pela paz em Gaza e também as articulações para ajudar brasileiros e famílias palestinas na região. Hoje, de acordo com informações do jornalista Jamil Chade, do Uol, o Itamaraty emplacou o resgate de mais quatro binacionais. Trata-se de uma mãe e três crianças. Ela ainda não veio ao Brasil nas primeiras levas de refugiados, porque estava grávida em situação crítica.

O bebê dela nasceu no dia de Natal. A expectativa é de que amanhã ela consiga atravessar a fronteira com o Egito para o resgate. Até então, ela estava sob cuidados do governo brasileiro, que alugou uma casa para ela e tentou intervir por sua segurança.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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