MST abre suas portas à sociedade em 16 estados para dialogar e mostrar produção de alimentos

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) abriu suas portas em 16 estados nesta quinta-feira (1º). A ideia é mostrar o dia a dia da produção de alimentos saudáveis, a organização produtiva e as lutas em defesa da democratização do acesso à terra. Essa abertura é a essência da Jornada Nacional de Vivências, que vai até o próximo dia 10, segundo sábado do mês.

Para o MST, a expectativa é que a Jornada propicie um momento central para dialogar com a sociedade. E tudo por meio da experimentação prática nos territórios de luta e resistência. “A jornada de vivências vem em um momento político em que o MST está sendo alvo da CPI, que quer criminalizar a luta pela terra, a luta do Movimento Sem Terra, do direito à ocupação de terras improdutivas para a realização da Reforma Agrária”, disse Bárbara Loureiro, da direção nacional do Movimento.

A dirigente destaca que a jornada de vivências ocorre em um período que contempla o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. “É também uma forma de reafirmar o diálogo com a sociedade, posicionando a reforma agrária como uma necessidade estrutural para o nosso país.”

Preservação ambiental nas práticas do MST

A preservação ambiental está presente nas práticas e objetivos do movimento, inclusive no modelo de produção agroecológica. Assim, as atividades da jornada têm tudo a ver com o tema: plantio de árvores, construção de roçados solidários, vivências agroecológicas, visitações, mutirões para construção de viveiros, de casas de sementes e hortos medicinais, entre outras.

Ainda segundo Bárbara Loureiro, a jornada possibilitará que os participantes tenham acesso a dimensões da luta do MST. É o caso do cuidado e a recuperação dos bens comuns da natureza. A educação do campo, os processos de formação, da cooperação agrícola. A organização das mulheres e da juventude.

Atividades previstas

Já estão confirmadas atividades em 16 estados, nas cinco regiões do país. A proposta é que as atividades envolvam dezenas de assentamentos e acampamentos, além de escolas e centros de formação.

Região Nordeste – plantio de árvores e visitas guiadas em áreas do MST;
Sudeste – atividades de formação com a juventude sobre o tema da questão ambiental e ações de plantio de árvores, construindo bosques da reforma agrária;
Sul – estão sendo organizadas atividades formativas nas escolas itinerantes do MST, visitas aos viveiros da reforma agrária e a semeadura de quatro toneladas da palmeira Juçara;
Região Amazônica – atividades no Instituto de Agroecologia Latino Americano (Iala) Amazônico, plenárias de estudo e debate, plantio de árvores, construção de viveiros, assembleias e intervenções nas áreas do movimento;
Centro-Oeste – as atividades girarão em torno da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura).

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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