Representantes dos bancários pautam demandas do funcionalismo no CRT Banpará

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O Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Banpará reuniu nessa quarta-feira (27), oportunidade em que os representantes eleitos pelos trabalhadores puderam apresentar demandas do funcionalismo e cobrar respostas do banco.

Participaram da reunião, pelos bancários, Érica Fabíola, Laurentino Pinto, Heidiany Moreno e Salete Gomes. O Banpará foi representado por Maria Oneide (Superintendente SUDEP), Caroline da Silva (advogada) e Nazaré Santos.

A reunião iniciou com o retorno do banco para as demandas apresentadas na reunião anterior. Foram elas:

Assédio Moral – O banco informou que fez contato com os gestores das unidades da capital e interior envolvidas em denuncias para acompanhar cada caso individualmente. Além disso, o banco informou que já realiza palestra sobre assedio moral no treinamento de capacitação aos funcionários, e que realizará palestra de assedio para os gestores no encontro de líderes, para evitar esse tipo de conduta por parte de alguns gestores.

“O assedio moral é somente uma das violências organizacionais percebidas atualmente. É um comportamento repulsivo que todas e todos devemos expurgar de nossa realidade, pois maltrata, humilha e adoece seriamente a vítima. Não podemos permitir que isso ocorra no Banpará. Em caso de dúvida, é fundamental que o bancário procure imediatamente o Sindicato”, afirma a diretora do Sindicato e membro do CRT Banpará, Érica Fabíola.

Palestra de segurança – O banco respondeu que a palestra sobre segurança foi realizada no encontro de administradores, onde instruiu sobre como evitar exposições e risco por parte dos funcionários.

Porém, o funcionalismo considera a atividade insuficiente para dar segurança aos bancários. Por isso, os representantes dos bancários no CRT Banpará reivindicaram algo que seja mais concreto, e sugeriram uma palestra em parceria com o sindicato, tendo em vista que um dos grandes problemas no Banpará sobre o assunto é o fato de que, na ocorrência ou tentativa de assaltos, o bancário não sabe da importância da emissão da CAT (comunicação do acidente de trabalho), e da necessidade de contatar o sindicato em caso de sinistro, para acompanhar os funcionários.

Acúmulo de funções – O banco informou que novas unidades nível 5, como Novo Progresso e Jacundá, foram abertas inicialmente com 5 (cinco) funcionários, mas que poderá posteriormente, dependendo da demanda e volume de negócios da agência, ter 7 (sete) funcionários, pois a estrutura da mesma é para esse contingente. São Geraldo do Araguaia já readequou o quadro funcional para 7 bancários, por conta da demanda da agência.

Atestados médicos – O banco informou que não poderá, em hipótese alguma, receber atestados médicos com mais de 5 dias da emissão, pois a instituição deve repassa-los ao Ministério do Trabalho, e que essa informação consta no normativo da empresa, sendo passivo de transgressão disciplinar, caso a SUDEP abra alguma exceção. Informou também que irá reencaminhar o aviso circular 111, que fala sobre o assunto.

“O importante de ter debatido esse ponte foi que o banco informou, que caso o bancário não possa enviar o atestado no período dos cinco dias, deve ligar para SUDEP para que o departamento providencie alguém para buscar o atestado, seja no hospital ou residência do bancário, para não exceder o período que está no normativo”, destaca a diretora do Sindicato e membro do CRT, Heidiany Moreno.

Reestruturação PAB DETRAN – O banco informou que toda a Agência Senador Lemos passará por reestruturação, o que envolve também os PABs a ela ligados, como é o caso do PAB Detran.

Cláusula 38 do ACT – Houve uma interpretação da redação do acordo coletivo, no qual o banco se baseia pela CLT art. 133, inciso 2, parágrafo 2º, no qual diz que o trabalhador afastado por problemas de saúde como mais de 30 (trinta) dias, perderá direitos como férias, promoção e a licença prêmio.

Os representantes dos trabalhadores no CRT Banpará entendem que este assunto deverá ser levado para a mesa de negociação, tendo em vista que as perdas dos trabalhadores devem ser revistas, pois há vários bancários adoecidos que perderam suas ferias, direito a promoção e a licença premio, e essa cláusula do ACT era para resguardar os bancários, mas o banco utilizou do artigo da CLT para não aplicar na pratica.

Após a discussão desses pontos iniciais, foram apresentadas novas demandas:

PABs Santarém – Estão com problemas de extrapolação de horário e ausência de porta giratória. “Situação que deixa os trabalhadores amedrontados e inseguros, pois sabemos que o atual Governador investe muito pouco na Segurança do Estado, o que gera o caos em que estamos vivendo”, ressalta a representante dos trabalhadores no CRT, Salete Gomes.

Apoio jurídico – Ao colega Sergio Montelo, vítima de forte ameaça por parte de cliente do banco (policial reformado), bem como aos demais colegas que tenham que prestar declarações em delegacias por consequência da atividade bancária.

“O queremos é humanizar o jurídico do banco, pois os bancários devem receber tratamento respeitoso, observando cada particularidade, e nunca devem ser deixados a própria sorte”, avalia Érica Fabíola.

Precariedade em agências – Principalmente do interior do Estado, e como exemplo foi citada a agência de Dom Eliseu, que está aguardando por reformas há três anos e colocando em risco o trabalho dos bancários por situações insalubres.

“Não podemos permitir que os trabalhadores desenvolvam sua s atividades em ambientes insalubres, o que pode ocasionar adoecimentos em funcionário e clientes”, destaca Heidiany Moreno.

Ponto Eletrônico – “Das muitas reclamações referentes ao ponto, há a incompatibilidade de horários da máquina com o sistema de ponto, o que pode ocasionar desconto salarial ao trabalhador”, aponta Maria Salete.

O Banco informou que esse atraso não será computado e que está iniciando licitação para compra de novo maquinário em substituição ao antigo e defasado existente.

Os representantes dos trabalhadores no CRT Banpará orientam os bancários a estarem vigilantes a essas mudanças. Qualquer problema ou dúvida, o funcionalismo do banco deve entrar em contato com o Sindicato.

Faltas resultantes da greve de ônibus – Foi solicitado pelos representantes do funcionalismo o abono dessas faltas.

“O trabalhador não pode ser penalizado por ter faltado nos dias de greve de ônibus, situação alheia a sua vontade, por isso queremos que essas faltas sejam abonadas para todos que precisarem”, defende o representante dos trabalhadores no CRT, Laurentino Pinto.
Fonte: Bancários PA

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