Sindicato contesta plano da Polícia Civil para coibir sapatinho

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Insegurança, basta!Após mais um caso de sapatinho, o 12º só esse ano, a Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos (DRRB), divulgou ontem (10) durante entrevista para uma emissora de televisão que um projeto foi desenvolvido para coibir crimes dessa natureza.

Segundo a própria polícia, a orientação repassada aos bancos no Estado, é a de que os gerentes que já foram sequestrados nessa modalidade sejam retirados da respectiva função.

O Sindicato dos Bancários contesta a iniciativa, pois acredita que não é dessa forma que o crime do sapatinho será inibido. “O próprio sequestro de ontem do bancário do Banpará é um exemplo disso, ele não é gerente e nem por isso deixou de ser vítima, pelo contrário, essa foi a terceira vez. O bancário não pode ser penalizado pela falta de segurança no nosso Estado, o trabalhador tem direito de ascender profissionalmente na carreira”, defende a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Outra infeliz afirmação do representante da DRRB foi de que reduziu o número de crimes de sapatinho em 2014. “Nossos levantamentos provam justamente o contrário. Só esse ano já tivemos 12 casos, sendo que em dois deles, os mesmos bancários foram as vítimas. No mesmo período do ano passado, registramos 2 sequestros de bancário”, afirma o diretor do Sindicato e membro do Comitê Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.

Sindicato quer retomada de Grupo de Trabalho (GT) – Para o Sindicato deve ser retomado o GT de Segurança Bancária, extinto desde o início da gestão do governo Jatene.

Antes de ter as atividades encerradas, o Grupo de Trabalho, formado por representantes do Sindicato, dos bancos e órgãos de segurança pública, se reunia pelo menos uma vez por mês, para discutir medidas de prevenção e combate aos assaltos a bancos.

Uma das propostas bastante debatidas e defendidas pelo movimento sindical para coibir os casos de sapatinho é em relação à posse das chaves das agências. Na opinião do Sindicato, essas chaves deveriam ficar sob a responsabilidade de empresas de segurança especializadas e não com os bancários e bancárias.

“Tudo isso era discutido nesses encontros, mas infelizmente o governo deu às costas aos nossos apelos e decidiu por conta própria, sem nos consultar, apresentar esse projeto de mudar de função gerentes que já foram vítimas de sapatinho. Já enviamos inúmeros ofícios para o governo e para a Secretaria de Segurança Pública, Segup, cobrando a retomada do GT de segurança bancária”, lembra Sandro Mattos.

O Sindicato, através dos documentos enviados à Segup, mostrou para a Secretaria a importância de se manter o GT. Foi através do Grupo de Trabalho que o Sindicato conquistou medidas efetivas para melhorar a segurança bancária no Pará, como a instalação de biombos nas agências, onde o Banpará em 2007, durante o governo Ana Júlia, foi pioneiro nessa ação.


Fonte: Bancários PA

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