Era para ser mais um Dia Nacional de Luta contra a terceirização no setor bancário, na manhã desta quinta-feira (22). Sindicatos dos bancários em todo o Brasil escolheram unidades do Santander para fazer o retardo da abertura de agências e centros administrativos a fim de dialogar com os trabalhadores, trabalhadoras e a sociedade sobre as reivindicações da categoria bancária, e expor a intransigência dos bancos que, apesar dos lucros bilionários, se recusam a apresentar uma proposta decente na mesa de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional.
Só que lá em São Paulo, no Radar Santander, a manifestação pacífica terminou com bancários e bancárias agredidos violentamente por policiais militares que foram acionados pelo banco espanhol.
O Sindicato dos Bancários do Pará se solidariza com todos os trabalhadores e trabalhadoras que foram vítimas da brutalidade da Polícia Militar (PM) paulista, que pelos vídeos que circulam nas redes sociais, chegou agredindo fisicamente, com empurrões, socos, choques e gás de pimenta os bancários e bancárias.
A entidade do Pará repudia veementemente não só a atitude truculenta da PM, como também a antissindical do Santander, o maior responsável por intensificar o processo de terceirização e desrespeitar o acordo coletivo vigente.
Fraude na contratação
O Santander está transferindo seus funcionários para outras empresas do mesmo conglomerado, cada uma com um CNPJ diferente e vinculada a um sindicato distinto; uma forma encontrada pelo banco para fragmentar seus trabalhadores e trabalhadoras – enfraquecendo a representação sindical – e reduzir direitos e remuneração.
O Santander está promovendo este processo desde o segundo semestre de 2021. E utiliza, para isto, empresas criadas para este fim, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.
Sindicato dos Bancários do Pará com SPbancários