Sindicato fortalece o Dia Nacional de Luta em Belém

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4A insatisfação das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros com o projeto da terceirização, além da perda de outros direitos trabalhistas levou o Sindicato dos Bancários, junto com as centrais sindicais – CUT, CTB, CSB, CSP-Conlutas, Nova Central e UGT, para as ruas desta manhã de sexta-feira (29), Dia Nacional de Luta.

A mobilização que teve concentração na Praça da República começou desde as 7h30, com distribuição de panfletos em frente a matriz do Banco da Amazônia. Com banners, carro de som e panfletagem as centrais presentes denunciavam o ajuste fiscal e a terceirização que tentam a qualquer custo tirar os direitos conquistados de cada trabalhador.

5O projeto 4330 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e, agora, está na pauta de votação do Senado Federal, com nova nomenclatura e numeração – Projeto de Lei na Câmara 30 (PLC 30) -, mas o mesmo conteúdo.

A mobilização é também uma resposta às medidas provisórias 664 e 665, aprovadas essa semana no Senado, como parte dos ajustes fiscais anunciados pelo governo, em 2015. A manifestação também defende a democracia.

2---Rosalina-Amorim“Parabéns a todos e todas que estão aqui para representar os trabalhadores e trabalhadoras. Perdemos parte da luta, mas não a batalha contra um ditador na Câmara dos Deputados que quer impor o PL das terceirizações, que tira todo e qualquer direito do trabalhador. O Sindicato dos Bancários tem sido vanguarda na defesa da classe trabalhadora, que está sendo atacada de todas as formas. Nós, como resposta, também devemos atacar esse congresso autoritário. Deixamos claro que não concordamos com a escravidão dos trabalhadores, porque direitos conquistados jamais podem ser retirados, e sim ampliados”, destacou a presidenta do Sindicato e diretora executiva da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Da Praça da República, os trabalhadores e trabalhadoras seguiram em caminhada pelas ruas da capital paraense.

3---Gilmar-Santos“Esse projeto de terceirização atinge diretamente a nós da classe trabalhadora, e é por esse motivo que não podemos concordar com essa precarização. Nós, enquanto trabalhadores, precisamos estar unidos para combater essa barbaridade que está acontecendo no Congresso. Os trabalhadores ainda não estão esclarecidos sobre o que é realmente esse PL, então todos nós devemos nos informar, deixar claro o que vai acontecer com todos os trabalhadores se esse PL passar. Com o PL das terceirizações aprovado, todos passam a não ser mais trabalhadores”, ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários, Gilmar Santos.

Insegurança no Pará

A passeata da classe trabalhadora também pediu paz no Pará. As centrais sindicais afirmaram sua total preocupação com a onda de violência que se instalou em todo o Estado. No último fim de semana, 21 mortes foram registradas na RMB e outras 20 no interior. De lá pra cá pelo menos um assalto com refém ou troca de tiros com vítimas tem sido registrado, por dia, na Região Metropolitana.

Mesmo com tantas mortes, o último fim de semana foi considerado “atípico” pelos órgãos de segurança durante coletiva com a imprensa. Entre os casos que mais chocaram estão a morte de uma criança, no conjunto Júlia Sefer, em Ananindeua, e o assassinato de dois estudantes universitários, um no sábado (23) e outro na segunda-feira (25), ambos em Belém.

A manifestação dos trabalhadores, pacífica e legítima, foi acompanhada durante todo o percurso por sete viaturas da Tropa de Choque, um policiamento que a população gostaria de ver todos os dias nas ruas, tanto no centro quanto na periferia. Para os manifestantes, a ação adotada pela polícia durante o ato foi desnecessária e deixou a cidade mais livre para a ação de criminosos.

 

Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT

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