A entidade sindical reuniu com a superintendência e quer soluções para diversas questões que afetam os empregados e empregadas da Caixa em todo o Pará relacionadas à infraestrutura, clima organizacional, condições de trabalho, logística de unidades de trabalhos, rede de atendimento do Saúde Caixa, demandas de transferências/déficit, entre outras.
Esses foram alguns eixos apresentados pelo Sindicato dos Bancários do Pará à Superintendência da Caixa no Pará, no prédio sede, durante reunião realizada na última quarta-feira, 31.
Participaram da reunião a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, a diretora de formação Cristiane Aleixo, e o diretor administrativo, Everton Cunha, bancárias e bancário da Caixa; o superintendente da Caixa no Pará, André Raposo, e a Secretária da superintendência, Simone Siqueira.
Os integrantes da diretoria do sindicato que são empregados Caixa, elaboraram um relatório de cinco páginas, registrando várias situações relatadas pelos empregados e empregadas em visitas do sindicato às agências, nas caravanas, e pedidos de ajuda que a entidade recebeu através dos meios de comunicação. As diversas demandas foram tratadas com a superintendência, que nesse momento, garantiu dar tratamento no que for da sua competência, e o que não for, houve o compromisso de tentar acompanhar para melhor fluidez nas demandas.
INFRAESTRUTURA
O Sindicato relatou problemas relacionados à precariedade de sistemas de refrigeração, goteiras, ambientes com divisórias improvisadas, unidades pequenas, algumas até inadequadas para a quantidade de empregados, empregadas e atendimento. Especialmente àquelas que já há decisão em andamento ou estudo sobre mudança de prédio.
Sobre isso, o Superintendente explicou o porquê da demora e afirmou que a superintendência está dando prioridade a essas agências, mas alegou que há dificuldades no próprio mercado, pois para a troca de prédio, é necessário um terreno com capacidade de construção dentro das regras de uma agência, como segurança e raio de atuação, por exemplo.
VOCAÇÃO SOCIAL
Outro ponto abordado foi sobre o enquadramento das agências como “Vocação social”. A superintendência explicou que há de fato um perfil, porém há também um resultado comercial específico, e que já houve um primeiro estudo da Caixa, mas não foi possível enquadrar todas como social.
“Na prática funciona assim, as agências que se enquadram como vocação social, há uma redução de metas comerciais, o que sobrecarrega as demais agências, pois as metas são redistribuídas em todo o país. No total, nesse estudo da Caixa foram 126 enquadradas como social em todo o país, e 14 no Pará”, explicou o diretor administrativo, Everton Cunha.
As quatorze agências do Pará, são: Abaetetuba, Ananindeua, Augusto Montenegro (Belém), Benevides, Bragança, Cametá, Capanema, Cidade Modelo (Castanhal), Guamá (Belém), Icoaraci (Belém), Itacaiúnas (Marabá), Itupiranga, Marituba e Óbidos.
ASSÉDIO
Em relação a denúncias de assédio, a superintendência informou que algumas já estão em apuração na corregedoria. Houve ainda indicação da possibilidade de receber outras denúncias, seja através do sindicato, ou do Canal de Denúncias CAIXA, que é um canal criado pela Caixa que garante o anonimato, sendo a CORED a fazer a análise da denúncia.
Informou ainda que a CORED tem realizado atividades virtuais e uma presencial para explicar como funciona a Corregedoria, qual o papel, além de reuniões sobre assédio, como denunciar, como identificar.
DÉFICIT DE EMPREGADOS E EMPREGADAS
Uma das principais demandas que o sindicato recebe é sobre a sobrecarga de trabalho, em grande parte proveniente do déficit de empregados e empregadas. O último concurso geral foi realizado em 2014 e o não há mais cadastro de reserva disponível no Pará.
A Superintendência disse estar atenta a isso, e explicou que no calendário de entrega dos cartões do “seguro defeso”, tiveram de destacar 22 empregados e empregadas de outros estados para auxiliar nessa entrega de cartões na “área crítica”, a qual engloba os municípios: Abaetetuba, Breves e Cametá, que concentravam a grande maioria de pescadores e pescadoras que receberam o cartão.
Então, o Superintendente explicou que há uma sensibilidade da Caixa em relação ao quadro crítico que o Pará se encontra com esse déficit de pessoal.
“A superintendência nos informou que realizou uma conversa com a gestão, em Brasília, de que antes que sejam feitas as convocações para o novo concurso que será realizado, eles observarão o cadastro no “Movimenta”, o programa da CEF em que pode ser cadastrado o desejo de mudar de unidade. Então lá, há uma grande demanda reprimida de muitos colegas que querem mudar de unidade, mas como não há como repor, a Caixa não tem movimentado, a não ser casos de saúde, liminar judicial e afins”, explicou a diretora de Formação, Cristiane Aleixo.
PDV
O Sindicato informou que há preocupação quanto a piora das condições de trabalho, pois a Caixa anunciou apenas 4mil vagas, sendo metade T.I e metade para técnicos bancários, mas prevê o público-alvo do PDV em 3.200 (três mil e duzentos) pessoas, o que matematicamente pode representar aumento do déficit de empregados empregadas.
A superintendência ponderou informando que essas contratações de T.I são para fortalecer o processo de autoatendimento e facilitar os canais digitais mesmo nos programas sociais, para que os usuários e usuárias não precisem ir às agências, diminuindo assim a demanda de atendimento nas agências físicas.
Informou ainda, que a data de desligamento do PDV coincidirá com a data das convocações para que não haja funcionários e funcionárias saindo sem que outra pessoa já esteja no lugar, e que há uma atenção especial às questões do Pará para estas novas convocações.
SAÚDE CAIXA
O sindicato informou que realizou nova reunião com a gestão nacional do Saúde Caixa, no último dia 5 de janeiro, e a superintendência informou que houve reunião em dezembro também com a mesma área. E que diversas situações que têm sido resolvidas com auxílio dos colegas de rede, presentes nas localidades. No caso dos novos credenciamentos, tem passado por uma gestão local, que eles têm acionado as SEV’s para ajudar. Então, ainda que não seja de responsabilidade direta da superintendência, há a busca pela melhoria das condições de atendimento do plano.