Tentativa de suicídio motiva protesto contra Santander em São Paulo

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SantanderO desrespeito e a exploração aos trabalhadores do Santander configuram uma rotina absurda. Somente nesta semana o Sindicato dos Bancários de São Paulo recebeu o relato de duas tentativas de suicídio de funcionários, uma delas na agência Parque Ibirapuera, localizada na Avenida Brasil, situação que motivou um protesto na manhã desta sexta-feira 13.

A diretora do Sindicato, Carmem Meirelles, afirma que a ocorrência poderia ter sido evitada, já que há cerca de dois anos a entidade informou o banco sobre a condição de saúde da bancária.

“Ela tomava medicamentos controlados pelo menos desde que a agência onde trabalhava sofreu um assalto. Foi quando nós soubemos que ela fazia uso de remédios. Na ocasião, sugerimos ao Santander o afastamento da bancária, mas ao invés disso, o banco a promoveu, atribuindo mais responsabilidades a uma pessoa emocionalmente abalada”, conta a dirigente.

Segundo Carmen, a rotina vivida no banco espanhol pode ter sido a responsável pela medida extrema tomada pela bancária, ao atentar contra a própria vida. “Os funcionários convivem com um cenário de redução de postos de trabalho e aumento das metas, o que gera uma sobrecarga desumana”, pondera.

Entre os meses de setembro de 2012 e 2013, o Santander cortou 4.542 empregos. Por outro lado, houve um frenético aumento do número de contas correntes: 1,5 milhões nos últimos 12 meses e 7,8% de clientes a mais no período. O lucro atingiu R$ 4,335 bilhões nos nove primeiros meses de 2013.

“O banco quer produzir mais, ganhar mais, e para isso aumenta metas, mas ao mesmo tempo diminui o número de funcionários, que são vítimas de um sistema onde só servem enquanto produzem”, avalia Carmen, acrescentando que o caso da tentativa de suicídio deve servir de alerta para o banco e também para os demais bancários.

“Os trabalhadores devem procurar ajuda do Sindicato, e nós vamos continuar lutando e cobrando o banco espanhol para que respeite seus empregados brasileiros e acabe com essa política de exploração sem se importar com quem é responsável pelos lucros da instituição”, conclui Carmen.

Fonte: Seeb São Paulo

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