Bancários paralisam Santander em Belém contra descumprimento da CCT

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Nessa quarta-feira, 20 de dezembro, as agências do Banco Santander da Almirante Barroso, Nazaré e Batista Campos em Belém amanheceram fechadas por conta do Dia Nacional de Luta da categoria contra a imposição da reforma trabalhista sobre a Convenção Coletiva de Trabalho – CCT vigente, já que o banco espanhol quer forçar seus funcionários a assinatura de um Acordo Individual de Banco de Horas Semestral.

“O grande problema dessa atitude do Banco Santander é que o Acordo Individual que está sendo imposto aos funcionários altera o dia de pagamento de salários, altera os meses de pagamento do 13º salário, entre outras medidas. O banco quer, com isso, descumprir a Convenção Coletiva vigente assinada conosco para implementar a reforma trabalhista a qualquer custo”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

“Além disso, essa medida que somente poderia ser aplicada a partir de um Acordo ou Convenção Coletiva assinada pelas entidades sindicais da categoria bancária, o que não ocorre com o Santander. Essa nossa manifestação é para alertar não apenas os funcionários, clientes e usuários do Santander, mas toda a categoria bancária e a sociedade em geral, para que atitudes como essas não se repitam em outros bancos e que os direitos da categoria sejam preservados”, ressalta o diretor da Fetec-CUT Centro Norte e funcionários do Santander, Márcio Saldanha.

Se não tem diálogo, tem greve!

Desde setembro desse ano que a categoria bancária está em Campanha Nacional pela manutenção de direitos conquistados na Campanha 2016, onde a categoria bancária aprovou uma Convenção Coletiva de Trabalho bi-anual, com validade até 2018.

Diante do cenário político atual de aprovação da terceirização (Lei 13.429/2017) e da antirreforma trabalhista (Lei 13.467/2017), que interferem diretamente na dinâmica de representação e de negociação entre patrões e empregados, o Comando Nacional propôs à Fenaban a construção de um Termo de Compromisso para que se proteja empregos, resguarde direitos históricos e delimite os atos nocivos que possam vir dessas leis aprovadas e de outras que ainda tramitam no Congresso Nacional, como a Reforma da Previdência. Porém, a Fenaban mantém-se em silêncio sobre o assunto.

“O que o Santander está fazendo é um desrespeito com a categoria e com o Comando Nacional, tudo isso para atender às determinações de um governo golpista que quer retirar direitos da classe trabalhadora a mão de ferro e sobrepor os efeitos nocivos dessa antirreforma trabalhista à CCT da categoria bancária. Se o Santander não que dialogar conosco, nossa resposta é a greve, como estamos fazendo nesse dia de paralisação contra as arbitrariedades do banco e contra a reforma trabalhista”, enfatiza a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

 

Fonte: Bancários PA

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