CUT intensificará pressão ao Congresso Nacional contra precarização do trabalho no Brasil

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CUTReunida na semana passada em São Paulo, a Direção Executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez uma avaliação da conjuntura e deliberou sobre pontos fundamentais que deverão orientar sua agenda no próximo período. Uma das prioridades é a luta contra a retirada de direitos da classe trabalhadora no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de lei que apontam para a flexibilização das relações de trabalho no Brasil.

A CUT avalia que o país, hoje, vive um momento difícil. Nesse sentido, segundo a entidade, as forças de esquerda enfrentam o duplo desafio de consolidar as conquistas obtidas nos últimos 10 anos e de prosseguir na construção do projeto democrático-popular. Para a CUT, “é imprescindível construir bases políticas mais sólidas no campo da esquerda e pressionar por reformas estruturais necessárias para que este projeto avance, como a reforma agrária, a reforma tributária e a reforma política”.

A CUT reconhece que as políticas publicada adotadas pelo governo federal conseguiram retirar da pobreza milhões de brasileiros, incluindo-os no mercado de trabalho, com maior acesso aos bens de consumo, mas ainda assim “o país continua sendo um dos mais desiguais do mundo. Segmentos da classe trabalhadora que emergiram da pobreza continuam pressionando, através das manifestações de rua, pelo acesso a serviços públicos essenciais de melhor qualidade nas áreas da mobilidade urbana, educação, saúde e segurança”.

É dito que setores importantes da base CUT, como professores, bancários, trabalhadores dos Correios, petroleiros, metalúrgicos, entre outros, têm sido protagonistas de lutas importantes de resistência e de conquistas de melhores salários e melhores condições de trabalho, com greves de caráter regional ou nacional, sendo que algumas delas ainda estão em curso nas campanhas salariais deste segundo semestre.

No próximo período, segundo a CUT, deverá ser ampliada a luta pelo fim do fator previdenciário e contra a intensa rotatividade no trabalho, para que os acidentes de trabalho diminuam e haja a continuidade da pressão contra a tentativa de flexibilizar as relações de trabalho.

A Central Única dos Trabalhadores alerta sobre a necessidade dos trabalhadores ficarem atentos, pois as forças conservadoras vão intensificar sua ofensiva com o objetivo de derrotar o projeto democrático-popular nas eleições de 2014. Para fazer frente a isso, a CUT realizará uma plenária estatutária no primeiro semestre do próximo ano, momento em que a entidade se posicionará em relação às disputas eleitorais no país, com o objetivo de entregar a pauta dos trabalhadores aos candidatos a governador pelo campo de esquerda.

Fonte: Fenae Net

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