CEE/Caixa vai cobrar explicações sobre denúncia de descomissionamento de gestantes

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A reestruturação imposta pela direção e que está em andamento na Caixa Econômica Federal será um dos temas da segunda mesa de negociação permanente deste ano. Na reunião, que ocorrerá no dia 14 de abril, em Brasília (DF), os representantes dos trabalhadores vão cobrar, entre outros pontos, explicações para as denúncias de que algumas unidades do banco estão fazendo o descomissionamento de gestantes.

A informação sobre essa inaceitável discriminação de gênero foi levada à última reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), nos dias 30 e 31 de março, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “A medida gera redução no salário que chega a 80%, causando insegurança nas trabalhadoras que estão em uma fase em que o importante é se manterem em tranquilidade e confiança”, diz Fabiana Matheus, coordenadora da CEE. A Comissão assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

“Além de ser um absurdo por si só, o descomissionamento de gestantes fere normas internacionais de boa governança”, reclama Dionísio Reis, diretor executivo do sindicato paulista e integrante da Comissão Executiva. A norma 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), versa sobre igualdade de remuneração de homens e mulheres por trabalho de igual valor. Foi aprovada em 1951, em Genebra, adotada pelo Brasil em 1956, ratificada no ano seguinte e está em vigor no país desde abril de 1958.

Dionísio Reis completa: “Independentemente de qualquer norma, não é difícil compreender o quão prejudicial é para as mulheres que pretendem engravidar, e toda a sua família, quando fica colocada essa ameaça objetiva de corte na renda. Vamos cobrar da direção da Caixa bom senso para que tais casos, e tantos outros ligados à essa caixa de maldades da reestruturação”.

 

Fonte: Agência Fenae

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