Pouco depois das 9h, conforme calendário da Campanha Nacional 2022 com o Banpará, Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN davam início à 5ª mesa de negociação com o Banco sobre banco de horas e Covid-19; temas que ficaram pendentes na reunião passada.
Pelo Sindicato, além da presidenta Tatiana Oliveira; e vice Vera Paoloni, representaram o funcionalismo do banco a dirigente Érica Fabíola, a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim; além da advogada Camila Aranha.
Já pela Afbepa estavam a presidenta, Kátia Furtado, que retornou das férias; e o advogado Omar Aleixo.
A Comissão de Negociação do banco é composta pela presidenta do banco, Ruth Méllo, pelos assessores Igor Gonçalves e Luana Pontes, além da advogada Eline Moreira.
“Diante da negativa do banco em mesa anterior de abonar todo o banco de horas e da recusa do Sindicato e das demais entidades quanto à contraproposta do banco de abonar 20%; apresentamos uma segunda proposta no sentido de buscarmos consenso entre as partes; que principalmente contemple a amioria do funcionalismo do banco envolvido neste tema”, explica Tatiana Oliveira.
Abatimento do banco atual de 80% a 40%, de acordo com seguintes critérios:
. quantidade de horas já pagas;
. se lhe foi ofertada a possibilidade de home office;
. natureza da atividade desenvolvida;
. condições específicas de cada trabalhador e trabalhadora: licença-saúde, licença-médica, licença-maternidade, entre outras.
Retorno de 80% a 60% dos estoques de licenças, abonos e folgas já utilizado para abatimento do banco de horas negativo, mediante solicitação expressa do trabalhador e da trabalhadora. Para as entidades, essa proposta pode beneficiar todos os bancários e bancárias que tiveram horas negativas em função da pandemia da Covid-19; porém novas horas seriam lançadas no banco de horas para pagamento/compensação, daí porque a proposta ser no sentido de ocorrer apenas mediante solicitação do(a) interessado(a):
. Exemplo: se o(a) bancário(a) solicitar o retorno de 5 dias de folga utilizados para abatimento de hosras negativas, seriam lançadas no sistema de 30 a 40 horas (a depender de ser uma jornada de 6 ou de 8 horas diárias), no banco de horas negativo a ser pago no novo prazo.
Outra proposta é que após a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, apenas 50% das horas extras a serem realizadas seriam lançadas para abatimento de horas negativas e os 50% das horas extras restantes seriam pagas.
A Comissão de Negociação do banco ouviu atentamente todas as propostas apresentadas pelas entidades e ponderou que nem todas as sugestões contemplariam todo o funcionalismo envolvido, uma vez que há bancários e bancárias que já conseguiram zerar as horas negativas; mas que iria avaliar todos os pedidos e apresentar uma resposta na próxima mesa, terça-feira (16), às 9h.
“Nesse sentido; Sindicato, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN avaliam que a sugestão 2 pode beneficiaria todos os bancários e bancárias, pois quem já zerou seu banco teria a oportunidade de reaver parte de seu estoque. O objetivo das 3 propostas apresentadas é que nenhum trabalhador ou trabalhadora seja prejudicado”, destaca a diretora da Contra-CUT, Rosalina Amorim.
PLR e reajuste
Apesar de não estar na pauta da mesa do dia, as entidades solicitaram a antecipação da PLR para ainda este mês, bem como que o banco apresente uma proposta concreta das cláusulas econômicas.
“Enquanto buscamos uma saída ao banco de horas negativas, que vale ressaltar ser um tema bastante complexo por conta das especificidades, solicitamos que o banco apresente uma proposta para a pauta econômica e que a proposta recomponha e proteja o poder de compra, pois a inflação acumulada nos últimos 12 meses, já soma 11,92%. Também, que seja vista a possibilidade de antecipação da PLR ainda para este mês”, defende a vice-presidenta do Sindicato que é bancária do Banpará, Vera Paoloni
A direção do banco informou que, na sexta-feira (12), reúne-se com o Conselho de Administração da instituição e somente após essa reunião poderá se manifestar sobre a pauta específica antecipada.
Fonte: Bancários PA