ARTIGO 97. DA EXTENSÃO DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL DO GESAT A TODAS AS UNIDADES DA EMPRESA. Essa foi quase pauta única que teve início na mesa passada e continuou na manhã desta segunda-feira (12).
“Diante de uma categoria adoecida como revelou a pesquisa – Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário – quando chegamos ou retomamos o tema saúde, ele sempre requer um maior tempo para o debate e foi exatamente o que vivenciamos hoje. Nesse artigo, as entidades pedem que o Banpará se comprometa em fortalecer a área da Gerência de Saúde do Trabalhador (GESAT), a fim de que a assistência ao funcionalismo seja tempestiva e integral, como com a criação de medidas de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho e promoção da comunicação não-violenta”, explica a presidenta do Sindicato e membra do Comando Nacional, Tatiana Oliveira.
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A nova redação do artigo 97 ficou assim:
PARÁGRAFO PRIMEIRO. Em até 30 (trinta) dias contados da assinatura do acordo, o Banpará contratará mais 1 (um) estagiário para a GESAT e, em até 90 (noventa) dias contados da homologação de concurso público, disponibilizará mais 1 (um) Técnico Bancário para a GESAT.
PARÁGRAFO SEGUNDO. O banco se compromete a implementar, no prazo de 30 (trinta) dias, o serviço de acompanhamento/atendimento dos Médicos do Trabalho às situações de sinistro envolvendo bancários nas unidades da capital e interior, haja vista a dificuldade de atendimento médico em alguns municípios do Estado, sendo que este atendimento poderá ser feito de forma presencial ou on-line.
PARÁGRAFO TERCEIRO. O acompanhamento/atendimento dos médicos do trabalho referenciadas no parágrafo anterior deverão ser disponibilizados em até 24h a partir da data do sinistro.
PARÁGRAFO QUARTO. O banco se compromete a disponibilizar atendimento multiprofissional (Médicos do Trabalho, Assistente Social, Administrador, Técnico em Segurança do trabalho) a todos os bancários da rede de unidades da empresa, inclusive às agências do interior do estado, com o objetivo de identificar e mapear as necessidades dos empregados em relação às principais questões de adoecimento/tratamento.
PARÁGRAFO QUINTO. O Banco se compromete, no prazo de 12 (doze) meses, contados da assinatura do acordo, a disponibilizar, aos seus empregados, serviços de psicologia e psiquiatria, observado o limite de até 4 (quatro) consultas mensais com psicólogo(a) e 1 (uma) consulta mensal com psiquiatra.
PARÁGRAFO SEXTO. O Banpará garantirá, via GESAT, o mapeamento, o tratamento e o acompanhamento todos os casos de adoecimentos, transtornos mentais e psíquico-emocionais, eventuais sequelas na saúde decorrentes da pandemia de Covid19, casos de assédio moral, válidos tanto para o assediado quanto para o assediador.
PARÁGRAFO SÉTIMO. O Banpará assegurará, através da Superintendência de Desenvolvimento e Administração de Pessoas e Processos, que sejam criadas e divulgadas medidas de prevenção de conflitos e riscos no ambiente de trabalho, as quais contemplarão, dentre outras estratégias, o atendimento e os diálogos com os funcionários, a serem realizados de forma remota ou presencial, bem como a divulgação da existência e das atribuições do Comitê de Relações Trabalhistas e a promoção de práticas de comunicação não violenta dentro da instituição, no prazo de até 90 (noventa) dias após a assinatura do acordo.
Cláusulas econômicas
Tanto as entidades quanto o funcionalismo tinham expectativas de que as negociações sobre cláusulas econômicas avançassem um pouco mais, mas o Banpará afirmou que, por estratégia, deixou as cláusulas econômicas para o final, de modo a subsidiar uma melhor proposta, ressaltando que a apresentada ainda não é a final.
“Esperamos que nesse tempo, o banco trate com bastante atenção três itens considerados fundamentais por nós, de acordo com os anseios do funcionalismo, além dos pontos de saúde, segurança e condições de trabalho: remuneração digna, promoção excepcional e o tíquete extra”, destaca a vice-presidenta do Sindicato, Vera Paoloni, que também é dirigente da Fetec-CUT/CN.
Para a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, nenhum banco precisa esperar proposta da Fenaban para apresentar a sua. “Inclusive o Banpará começou a fazer isso, apresentou uma proposta inicial, mas não deu prosseguimento, alegando que vai esperar a Federação. Quando os banqueiros se sentam à mesa, eles sabem qual a maior reivindicação da categoria, e, portanto, cada um, de acordo com análise interna, pode apresentar proposta econômica antes da Fenaban, conforme já realizado em acordos anteriores”, destaca a dirigente sindical.
O único artigo sobre economia discutido na oitava mesa de negociação foi o 19 que trata da isenção de tarifas. O banco acatou o pedido das entidades pela manutenção no Acordo Coletivo.
Próxima mesa, sexta-feira (16)
Na próxima sexta (16), às 9h, estarão na pauta do dia, os artigos:
50. DA AMPLA DEFESA NO COMITÊ DISCIPLINAR;
51. DA EFETIVAÇÃO NAS FUNÇÕES;
53. DA INTEGRAÇÃO DIGITAL;
54. DOS ESPAÇOS DE INTEGRAÇÃO;
57. DA DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INTERNET;
59. DOS TERCEIRIZADOS;
62. DA FORMAÇÃO DOS GESTORES;
87. DAS FÉRIAS FRACIONADAS;
88. DO INTERVALO INTRAJORNADA;
96. DA DESVINCULAÇÃO DAS FUNÇÕES DE COORDENADOR DE RETAGUARDA DE SERVIÇOS E DE COORDENADOR DE RETAGUARDA DE TESOURARIA.
Além dessa, já ficou pré-agendada a 10ª rodada para o dia 22 de agosto, no mesmo horário.
Pendências
O Banpará se comprometeu a dar retorno, ainda hoje, sobre as pendências existentes ao longo dessa Campanha: a ata da primeira mesa e artigos já debatidos e que dizem respeito à renovação do acordo vigente.
Representação
Além da presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, vice, Vera Paoloni; e diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim; representaram o funcionalismo: a diretora do Sindicato, Érica Fabíola, e as advogadas Bárbara Marins e Camila Aranha; além da presidenta da Afbepa, Kátia Furtado; junto com a advogada da associação, Ana Carolina Albuquerque.
Já pelo Banpará, estiveram em mesa: o diretor administrativo que também é coordenador da Comissão, Paulo Arévalo, a coordenadora do núcleo jurídico, Henrieth Cutrim, assessor da Diretoria Administrativa, Alysson Costa, e analista da SUDEP, Marília Gonçalves.
Reunião de esclarecimento
As entidades sindicais decidiram, por consenso, transferir a reunião de esclarecimento desta segunda (12) para a próxima sexta (16).
O motivo? Além de a negociação terminar mais cedo que o habitual, tendo fechado o texto de apenas dois artigos, o banco também pediu o envio, por e-mail, de algumas de suas devolutivas pendentes de mesas anteriores. Portanto, na sexta, os informes serão sobre as duas rodadas de negociação da semana, a nona e, no mesmo dia, 16.
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Fonte: Bancários PA