Greve é a principal arma para vencer a ganância dos banqueiros. Mobilização é a segunda

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Sindicato montou uma comissão de convencimento para trazer mais funcionários do BB para a greveO segundo dia de greve (19) da categoria bancária no Pará foi de visitas às agências de Belém. Sindicato e trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil que já aderiram à paralisação por tempo indeterminado construíram ontem uma Comissão de Convencimento e percorreram as unidades da Pedreira e Senador Lemos, para explicar aos bancários a importância da adesão e participação de todos nessa luta nacional e unificada.

“Passamos dez meses do ano dedicando nossas vidas ao crescimento do banco e o mês de setembro, que é a nossa data base, é o único momento que temos para lutar por melhores condições de trabalho, por mais segurança, pelo fim do assédio moral, entre outras reivindicações. Foi graças ao nosso trabalho que o lucro dos bancos teve um crescimento de 21% aqui no Brasil, o maior a nível mundial, e na hora de dividir esses bons resultados, os banqueiros nos oferecem apenas 0,58% de aumento real”, conta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Presença do funcionalismo do BB na greve será decisiva na Campanha Nacional 2012O diretor do Sindicato e também funcionário do Banco do Brasil, Fábio Gian lembrou que no ano passado, os bancários do BB Estilo na Braz de Aguiar deram exemplo de mobilização. “A Estilo aqui em Belém foi a única em todo o Brasil que parou durante duas semanas durante a greve do ano passado, quase 80% dos funcionários cruzaram os braços nesse período. A atitude deles é um exemplo claro de que quando há disposição em conquistar melhorias no seu salário e na relação de trabalho não se intimida com ameaças”.

“Se hoje temos tíquete alimentação, 13ª cesta alimentação, licença maternidade de 180 dias, extinção do trabalho aos sábados, foi graças às outras greves que fizemos no ano passado, não foi porque banqueiro é bonzinho não. E também hoje ainda temos motivos de sobra para continuar esse movimento, principalmente no Banco do Brasil que muitos cargos comissionados cumprem jornada de 8 horas, enquanto que na Caixa, para os mesmos cargos a jornada é de 6”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Alberto Cunha.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o limite máximo de 30 horas semanais para a jornada de trabalho no setor, ou seja, 6 horas por dia.

Reivindicações específicas dos funcionários do BB:

Jornada de 6 horas para todos, sem redução de salário;
Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração (piso maior, interstício maior, tempo menor para adquirir mérito);
Negociação do Plano de Comissões (pagamento das substituições, seleção interna para promoção em todos os cargos, fim dos descomissionamentos);
Licença prêmio e férias de 35 dias para todos;
PLR aditiva ao modelo da Fenaban, sem vinculação com o Sinergia;
Fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências;
Carreira de mérito para todos;
Melhorias nas CABB;
Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos;
Fim das travas para concorrência e remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário;
Fim do voto de Minerva na Previ;
Assinatura do protocolo da Fenaban de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho e revisão dos Comitês de Ética;
Melhorias no plano odontológico;
Não perder a função após afastamentos de saúde;
Ter ao menos um delegado sindical por local de trabalho;
Mais contratações e fim das terceirizações.

O Sindicato destaca a importância de todos os bancários e bancárias aderirem à greve nacional, pois é só assim, paralisando as atividades que os banqueiros vão sentir no bolso o poder da mobilização e ceder às reivindicações da categoria. Fortaleça esta luta você também!

Fonte: Bancários PA

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