Licença parental é reivindicação antiga da categoria bancária

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A startup indiana de entrega de alimentos, Zomato, anunciou na semana passada que vai oferecer licença-paternidade remunerada de seis meses para os seus funcionários. O direito é uma antiga reivindicação da categoria bancária.

Reconhecido pela categoria bancária como licença parental, o direito se caracteriza com a licença da mãe por seis meses, seguida pela do pai de seis meses, ambos para os cuidados com os filhos.

Em março de 2016, os trabalhadores conquistaram o direito à licença-paternidade de 20 dias, um dos dispositivos da lei 13.257, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Porém, a lei sé é vigente para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã, criado pelo governo em 2008.

De acordo com Elaine Cutis, secretaria da Mulher da Contraf-CUT, as leis e cultura dos ambientes de trabalho não possibilitam com que a mulher se destaque e ocupe cargos de liderança. “Além da mulher ter uma dupla jornada de trabalho, dedicada ao cuidado da casa e família, o tempo em licença-maternidade e possíveis ausências para cuidar dos filhos, colocam em jogo a sua capacidade na hora de uma recolocação ou promoção de emprego”, afirmou.

Os dados dos relatórios de sustentabilidade dos bancos mostram que o número de mulheres em cargos de liderança ainda é pequeno. No Itaú, o número de mulheres na diretoria é 15, frente à participação de 103 homens nestes cargos. No Bradesco, somando diretoria e conselho de administração, tem-se a participação de apenas 7 mulheres e de 129 homens.

No Santander, as mulheres representam apenas 20,2% da diretoria. A participação de mulheres em cargos de dirigentes na Caixa Econômica Federal foi de 2,70% em 2017, o que significa queda de mais de 10 pontos percentuais em relação a 2015, quando era de 13,51%. Já a participação de mulheres negras foi de 0,00% nestes cargos. No Banco do Brasil, as mulheres representam somente 4,84% dos cargos de comando.

“Precisamos lutar por esse direito, pois só com muita luta vamos conseguir avançar e conquistar igualdade de oportunidade no ambiente de trabalho”, finalizou Elaine Cutis.

 

Fonte: Contraf-CUT

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