Setor financeiro tem saldo de emprego negativo

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O setor financeiro diminuiu mais ainda sua participação na geração de empregos formais no Brasil. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira 16 pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que as instituições financeiras contribuíram negativamente para a geração de postos de trabalho em julho deste ano.

Enquanto a economia abriu 142.496 novas vagas em julho – o que representa crescimento de 0,37% em relação ao mês anterior –, as instituições de crédito, seguro e capitalização fecharam 44 postos de trabalho, variação de -0,01% em relação ao número de empregos gerados em junho pelo setor financeiro. A perda desses postos representa a contribuição negativa do setor financeiro (-0,031%) para o total de empregos formais gerados no país.

De janeiro a julho, os setores da economia juntos geraram 1.232.843 empregos com carteira assinada – crescimento de 3,25% em relação ao estoque de dezembro do ano passado –, mas o setor financeiro novamente fez feio: contribuindo com apenas 5.570 vagas, ou seja, 0,45% do total de novas vagas.

Em 12 meses, de julho de 2011 a julho deste ano, o saldo de novos empregos das instituições financeiras foi de 18.609, apenas 1,2% do que foi criado pela economia como um todo: 1.538.472 postos.

Os números do Caged mostram também que, além de pequena, a criação de postos de trabalho pelas instituições financeiras vem diminuindo gradualmente. Se em 12 meses a variação do emprego no setor foi de 2,91% em relação ao estoque de julho de 2011, no ano (janeiro a julho de 2012) ela cai para 0,85% (em relação a dezembro de 2011). Ao quadro decrescente soma-se a variação negativa do mês passado: -0,01.

A ampliação das contratações é uma das principais reivindicações da categoria na Campanha Nacional. Ela já foi discutida na primeira mesa de debates entre o comando dos bancários e os representantes da federação dos bancos, mas não houve avanços.

Lucros – Se na geração de empregos os bancos vão mal, os lucros seguem bilionários. Somados, Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú, Santander e Safra registraram mais de R$ 25 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. As receitas com tarifas também estão bem. No mesmo período, foram mais de R$ 40 bilhões, valor 14% maior do que os mesmos seis meses, mas do ano passado.

Fonte: Seeb SP

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