Sindicalize: “Sem sindicato estamos à mercê do patrão”, define bancária

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“Sem o sindicato estaríamos à mercê dos desmandos do patrão”, define Bruna Valente, bancária do Banco do Brasil para incentivar sindicalização

Nas horas vagas, Bruna Abreu Valente dá dicas de ‘um tudo’ nas redes sociais. Em um deles, o Instagram, com mais de 13.000 seguidores, é possível encontrar sugestão de viagens, reformas e até conselhos amorosos no quadro ‘Vacilo Amoroso’, mas durante expediente no trabalho, a mesma Bruna é caixa executiva no Banco do Brasil, em São Miguel do Guamá, nordeste paraense.

Bancária há 9 anos, Bruna vem de uma família da mesma categoria do ramo financeiro, que ela define como herança. “Eu venho de uma família de bancários, parece dinastia. Tem gente da Caixa, do BB, do Banco da Amazônia. Meu pai era do Banpará, então eu sempre fui familiarizada com o ambiente bancário e fui empurrada pra carreira, porque minha família sempre quis pros seus descendentes a estabilidade financeira, plano de saúde, PLR e todos os benefícios. Então foi uma junção de sonhos fazer jus à nossa tradição bancária e a solidez financeira”, explica.

Pouco mais da metade do tempo de profissão, Bruna se sindicalizou e lembra exatamente como foi esse dia. “Desde a primeira vez em que o Gilmar veio à nossa agência fazer campanha sobre a importância da filiação”.

Assim como ela herdou da família a profissão, veio da mãe, professora da rede estadual sindicalizada, a primeira explicação sobre a importância da sindicalização. “Desde sempre ela falou da relevância de ter uma classe que discuta com o patrão e brigue por seus direitos. Uma única pessoa falando com o empregador, a possibilidade de ele te ouvir é quase nula. Um grupo de pessoas falando com esse mesmo empregador, a voz da categoria se faz ser escutada”, acredita.

A bancária Bruna Valente se soma aos cerca de 5.000 bancários e bancárias filiados em todo o Pará e reconhece a necessidade em ter uma entidade que defende e luta pelos interesses da categoria. “Com o sindicato a classe já teve perdas significativas de benefícios, sem o sindicato nós estaríamos totalmente desamparados e à mercê dos desmandos do patrão”.

Nesse sentido, para que os trabalhadores e trabalhadoras, como parte estruturalmente mais fraca na relação capital-trabalho, tenham chances de sucesso nos processos negociais e conquistem os benefícios, aos que Bruna se refere, suas entidades representativas precisam dispor de recursos – políticos e financeiros – para se contraporem ao poder das corporações empresariais, que junto com o atual governo, vem implementando uma série de medidas que penalizam a classe trabalhadora que se vê cada vez menor diante do aumento do desemprego agravado ainda mais pela crise sanitária.

As medidas também atingem a categoria bancária, que junto com o Sindicato, lutam contra as demissões, fechamento de agências, privatização; tudo isso em meio a uma pandemia, que às vésperas de completar um ano do primeiro caso no Brasil, atinge 250 mil mortos pela covid-19; o segundo país no mundo a chegar nesse patamar, atrás apenas dos EUA, que nesta semana superou a marca de 500 mil mortes, segundo as contas do consórcio de imprensa (formado por Folha de S. Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1).

“O Sindicato se faz importante nesse momento, pois é o “nosso defensor”, perante os empregadores. As coisas já não estão fáceis, imagine sem o sindicato para nos defender! Estamos passando por um processo de reestruturação dentro do Banco do Brasil, e se não fosse o sindicato, estaríamos numa situação bem crítica, pois a diretoria do banco, não tem pena não! Coloca é pra acabar mesmo! Temos vários colegas que perderam funções gratificadas e comissionadas, da noite pro dia, mas, o sindicato está na luta pela categoria, não deixando que o banco empurre garganta abaixo essa reestruturação, buscando negociar melhores condições”, destaca o bancário do Banco do Brasil em Santarém, Wander Couto, que tem 20 anos de profissão, 15 desses como sindicalizado.

E para que a atuação do Sindicato em defesa da categoria bancária se fortaleça ainda mais, a entidade lançou a Campanha de Sindicalização – “Sindicalize: Invista em quem luta com você!”.

Então, bora investir em quem luta com você?

E cada bancário ou bancária que investir no Sindicato, seja com sindicalização ou atualização cadastral (clique aqui), receberá um número de sorteio para concorrer a diversos prêmios e brindes que serão sorteados durante os meses em que a campanha estiver em vigor (fevereiro a novembro). As premiações obedecerão às regras do regulamento, portanto não esqueça de ler o documento com atenção!

Mas investir no Sindicato é também poder contar com a melhor assistência jurídica, além de conseguir descontos em estabelecimentos parceiros do Sindicato, como instituições de ensino, academia, restaurante, salão de beleza, clínicas de lazer e saúde, livraria, farmácias e lojas de peças automotivas, em Belém, Santarém e Marabá.

Outro benefício é o de poder usufruir de espaços do Sindicato, mas que por conta da pandemia estão fechados, como o Alojamento Bancário (também em Santarém e Marabá), o Complexo Cultural, com valores reduzidos, e o ginásio de esportes, sem qualquer custo adicional.

E então, o que está esperando para ser mais um sindicalizado e contribuir com a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro? Vem conosco!

 

Fonte: Bancários PA com Portal G1 e Dieese

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