Não à MP 1052: Sindicato reúne-se com a Federação das Indústrias do Estado do Pará

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Se a Medida Provisória (MP) n° 1052, que altera a participação federal e regras de repasse de recursos federais a fundos de desenvolvimento regionais do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), for aprovada, o Banco da Amazônia perderá em torno de 290 milhões de reais em receita, até 2026, tornando negativo o seu resultado.

“Os dados foram levantados pelo Dieese e com base nele temos buscado o apoio de parlamentares e federações, como a das Indústrias do Pará. Pois a ideia é impedir a votação desse projeto em defesa dos bancos públicos, da soberania nacional e principalmente do desenvolvimento da nossa região. Foi com esse objetivo que tais bancos e fundos foram criados”, destaca a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

No ofício, encaminhado aos parlamentares, o Sindicato destaca a importância dos fundos constitucionais “foram criados como instrumento de política de desenvolvimento regional, como forma de combate à desigualdade econômica que assolam as regiões norte e nordeste. Além disso, observa-se que as alterações da MP atingem a sustentabilidade não apenas dos referidos fundos, mas também dos bancos públicos que os administram, sendo estes o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste – BNB.

Na segunda-feira (14), o documento foi entregue à Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) durante reunião. O encontro, articulado pelo senador Paulo Rocha (PT), ocorreu na sede da Federação. A presidenta do Sindicato esteve acompanhada da vice, Vera Paoloni; do coordenador da Comissão dos Empregados do Banco da Amazônia e secretário geral do Sindicato, Sérgio Trindade, e do presidente da Aeba, Gilson Lima. Eles foram recebidos pelo presidente da Federação, José Conrado Santos e o vice, Marcos Marcelino.

“Só para este ano, se a MP for aprovada, a previsão é de que o banco perca mais de 150 milhões, o que inviabilizará operações de médio a longo prazo, impactando diretamente na rentabilidade dessas empresas e de vários trabalhadores e trabalhadoras que delas dependem, provocando o desinvestimento, uma operação de estratégia econômica que consiste na supressão de um ou mais investimentos em estruturas parciais ou totais de uma empresa”, explica destaca o coordenador da Comissão dos Empregados do Banco da Amazônia e secretário geral do Sindicato, Sérgio Trindade.

“A Fetec-CUT/ CN estará na linha de frente em combate a essa famigerada MP 1052 que tem o objetivo de enfraquecer e liquidar o Banco da Amazônia do mapa do sistema financeiro. E vamos dialogar com parlamentares, empresários e toda a sociedade da Região Amazônica em defesa do banco”, garante Vera Paoloni, que também é dirigente da Fetec-CUT/ CN.

Os diretores do Sistema FIEPA não só ouviram as entidades como se comprometeram, em até o fim do mês, levar a campanha para Brasília e apresentá-la a outras federações das indústrias, bem como demais senadores, entre eles Jader Barbalho (MDB) e Zequinha Marinho (PSC).

“O Sistema FIEPA já vem dialogando com os parlamentares paraenses porque considera que essa medida vai enfraquecer o FNO e, consequentemente, o médio empresário, que foi um dos mais atingidos pela crise e já está sendo prejudicado pela falta de acesso ao crédito no mercado. O estudo entregue pelos trabalhadores bancários com certeza será mais um subsídio que vamos utilizar para dialogar com a nossa bancada e assim reverter essa situação que só traz prejuízo para o nosso Estado”, afirma o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos.

 

 

 

Fonte: Bancários PA

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